Revogação de governador mantém insegurança de produtores de Holambra

Henrique Oliveira

Em uma reunião no Palácio dos Bandeiras (São Paulo), sede do governo paulista, o governador João Doria suspendeu o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços para alimentos e medicamentos genéricos. O anúncio foi dado pelo site do governo na noite desta quarta-feira (06), quase um dia antes das manifestações pelo estado contra o reajuste.

Mesmo com esta revogação, os produtores agrícolas de Holambra mantiveram a manifestação marcada para esta quinta-feira (07). De acordo com ele, a revogação não ficou claro quais os alimentos que se enquadram nesta decisão e que isso não contempla flores e plantas.
Os agricultores, e membros representando a categoria, disseram que a manifestação foi mantida para reforçar ao governador e ao Secretário de Agricultura, Gustavo Junqueira, a insatisfação pela volta do ICMS numa alíquota de 4,14%.

O diretor geral da cooperativa Veilling Holambra, Jorge Possato, disse que esta suspensão não ficou clara quais alimentos poderão ter esta isenção. Por isso, os produtores mantiveram a manifestação.
“Foi uma suspensão que aconteceu muito em cima da hora, muito próximo do evento que nós, junto com os produtores tínhamos organizado […] e a suspensão de ontem não deixou nada claro que flores e plantas realmente entraram nesta decisão do governo do estado. Por isso mantivemos, junto com os produtores, esta manifestação para que flores e plantas sejam considerados dentro desta revogação”.

Para Possato, imediatamente o consumidor de flores e plantas podem não sentir o aumento. Mas em meses este reajuste poderá chegar a 12% num valor final para as flores de corte, utilizadas para decoração por exemplo.
Ele corrobora dizendo que a volta deste imposto interfere em toda “cadeia produtiva, cadeia logística, na cadeia de distribuição e no final da cadeia onde é que o produtor escoar e levar o produto até o consumidor final”.
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