12/01/2020

Piet Schoenmaker falece aos 75 anos

Ícone de Holambra faleceu na noite deste sábado (11)

Mariana Avanzzi

Piet Schoenmaker, a figura icônica da maior exposição de flores da América Latina e da própria cidade de Holambra, faleceu na noite deste sábado (11), aos 75 anos, no Hospital Madre Theodora em Campinas (SP). Ele lutava contra um câncer.

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Piet Schoenmaker 

Piet chegou ao Brasil em meados de 1959 com sua família. Na época, ele tinha apenas 15 anos e não fazia ideia de quem se tornaria. Homem simples, pacato e acostumado com a vida no interior, teve uma reviravolta ao se apaixonar pela arte da dança, que o movia até seu falecimento. Esta é a responsável por colocá-lo como a “cara” da Expoflora.

Como a maioria dos holandeses que chegaram ao Brasil, Piet começou a reconstruir a vida com a família trabalhando como produtor. Inclusive, na primeira edição da Expoflora, ele já estava lá, mas não como dançarino e sim como um expositor agrícola.

Conhecido por ser alto astral e por se divertir dançando, no ano seguinte Piet foi convidado para se apresentar na Expoflora com um grupo de dançarinos. Como ele já dançava, foi proposto que ele ensaiasse um grupo de jovens e levasse para Expoflora um pouco da cultura holandesa através de danças folclóricas e é claro que ele aceitou o desafio.

Outros grupos foram se formando e pedindo a ajuda de Piet que, entre um trabalho e outro, dava um jeito de ensinar da tradicional dança de uma forma divertida. Foi assim que passou a ficar cada vez mais conhecido. Tudo partiu de uma diversão, Piat dançava porque gostava e se alegrava com isso.

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Piet e a dança

A primeira propaganda feita com a imagem de Piet foi um cartaz em tamanho real. Ele levou um susto e naquele momento, ocupado com outras coisas, não tinha ideia do que estava por vir e que viraria uma pessoa ainda mais conhecida. Depois de 38 edições do sucesso da Expoflora, Piet se orgulhava de fazer parte da história do festival, mas acima de tudo ele mostrava ter amor pela dança e pela Cidade das Flores.

Foi por passar ensinamentos como inclusão, amor e harmonia através da arte da dança que Piet recebeu em 2016, uma escultura em sua homenagem na entrada da Cidade das Flores. A vida, a dança e a forma de enfrentar os problemas é o que fez dele um exemplo de ser humano e com que ele seja querido e lembrado por todos.

Problemas de saúde

Na última entrevista ao Portal Holambrense, em novembro de 2019, Piet mostrava que a doença não o abalava e que a dança o ajudava a enfrentar o câncer.

“A vida é assim! O câncer veio, mas a gente aprende a dançar conforme a música”

Apesar da situação difícil e complicada, para quem não sabia da doença ela acabava passando despercebida. A forma com que Piet encarava a vida era de se admirar. “O fim da vida não é o fim da vida e eu não tenho medo da morte. O que eu tinha que fazer da vida eu já fiz e vivi tudo intensamente. Ainda tenho um pouco de disposição, ainda me divirto muito e me alegro muito em dançar”, disse Piet cerca de dois meses antes do falecimento.

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