08/03/2019

No dia da mulher, conheça um pouco sobre Annie Krabbenborg, moradora de Holambra

“Faz tempo que a mulher está procurando seu espaço, e hoje está conseguindo”, afirma a moradora

Michael Harteman

Annie Krabbenborg é uma daquelas moradoras especiais, capaz de dar orgulho a qualquer município. Ex-jogadora profissional de basquete, Annie é uma amante da vida e do esporte. “Minha primeira medalha foi de natação, a segunda de corrida de cavalo, depois fui ganhando no vôlei, ganhei também no atletismo. Depois que comecei sério no basquete, eu larguei os outros esportes, pois ficou algo mais profissional”, conta.

A história no basquete começou quase que por acaso. Annie nem sabia muito bem como arremessar uma bola. Tudo começou quando um convite surgiu: disputar os jogos regionais por Holambra. “Tinha ido uma vez e fui novamente em 1978, mas eu não sabia jogar direito, o pessoal já ia me ensinando jogar nas escolas que ficávamos alojados”, relembra.

Annie aprendeu bem. Muito bem. Se tornou destaque atuando como Pivô. Ficou boa tão rápido que em dois anos ela já estava sendo convocada para a Seleção Brasileira. “Em 1979, a equipe de basquete de Piracicaba me chamou para ir jogar lá. Em 1980, eu já fui convocada para a seleção”. Representando o Brasil, Annie jogou diversas competições importantes, como pré-olímpico na Bulgária em 1980 e Cuba em 1984. Além desses, a holambrense também jogou os mundiais de São Paulo, 1983, e o panamericano da Venezuela, no mesmo ano.

Annie antes de uma partida pela seleção brasileira. (Em pé, segunda da direita para a esquerda)

Personalidades do basquete como companheira de seleção, não faltaram. Annie dividia a quadra com Paula, Hortência, Marta, Vânia Teixeira e Branca, nomes que marcaram época no basquete nacional. “Tenho uma paixão profunda pelo esporte e pelo que ele me proporcionou”, exclama.

A carreira vitoriosa foi marcada por conquistas e competições. Além da seleção, e ex-jogadora também passou por diversos clubes em cidades como Salto (SP), São Carlos (SP) e Piracicaba (SP). Sempre com muita dedicação e fidelidade ao esporte, Annie venceu. Não poderia ser diferente, tudo era apenas um fruto das horas diárias de treino. Tanto treino fez com que ela se privasse de algumas experiências. “Não me cansei. O esporte exige demais, inclusive aos finais de semana. Tive que optar por um ou por outro. Treinávamos oito horas por dia, quatro de manhã e quatro a tarde”.

Sobre os desafios da mulher, Annie acredita que as coisas já foram mais difíceis. “Faz tempo que a mulher está procurando seu espaço, e hoje está conseguindo. Antes, a mulher era apenas uma dona de casa, hoje, está mais claro que as funções devem ser divididas. No esporte esse avanço da mulher também existe, mas ainda há preconceito. Com o tempo, a mulher está conseguindo o seu lugar”, afirma.

Essa é Annie. Tranquila, carismática, sorridente e serena. Disposta a conversar sobre qualquer assunto, menos um. Sua idade. “Mas você vai por isso no jornal? Melhor não”, exclama, sorridente.

Homenagem

Annie vai ser homenageada em um torneio de basquete em solo holambrense. O torneio começa no dia 16 de março e é a primeira edição da Copa de Basquete Annie Krabbenborg.

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