01/11/2017

Moradores de Holambra preparam homenagens para o Dia de Finados

Missa especial espera reunir 600 fiéis

Da redação

A um dia do feriado de Finados, o Cemitério de Holambra aguarda a chegada de centenas de pessoas para a ocasião especial. No entanto, engana-se quem pensa que apenas o 2 de novembro é escolhido por familiares que se deslocam em busca de prestar homenagens aos que já foram.

Sempre em busca de deixar o local o mais adequado possível para os visitantes, funcionários do cemitério tratam de deixar tudo pronto: grama cortada, flores regadas e um aviso indicando a proibição de flores de plástico nos túmulos (elas podem servir de local para a proliferação do Mosquito da Dengue). Mas encontrar flores de verdade em Holambra não é tarefa difícil.

Ao entrar no terreno repleto de vasos, túmulos e árvores, uma trilha sonora especial preenche todo o local. São os cantos dos pássaros, que insistem em embalar cada movimento que Cláudio Eduardo faz com sua enxada.

Enquanto o funcionário do cemitério cava futuras covas, ele conta que a semana do feriado de finados é sempre um período mais movimentado. Pelo menos foi assim nos últimos dez anos em que trabalha ali. “O pessoal costuma vir sempre, é difícil ver isso aqui vazio. Mas, no Dia de Finados, ah, daí fica lotado”, confessa.

Com seu boné verde da cor do exército e uma camiseta polo azul clara, Eduardo não para um minuto. É carrinho-de-mão para lá, enxada para cá, e muito suor. O Sol não dá descanso, mas ele não reclama. “É um serviço bom, bem calmo. A gente se sente bem fazendo algo em memória dos que já foram”, admite.

Um carro preto estaciona em frente ao cemitério. Sem querer se identificar, as duas irmãs vem visitar a terceira, que já não está entre elas. “Nós viemos sempre, pelo menos uma vez por semana. No feriado também, é claro, mas tratamos de sempre limpar a lápide dela e replantar as flores”, declara a irmã mais velha. Segundo elas, os holambrenses têm o costume de sempre deixar o local bem preservado.

Dá para ver o seu Sérgio Oscar de longe. De vermelho, o aposentado de 68 anos se destaca entre o verde exuberante dos cedros que trazem a sombra ao cemitério. Ele veio visitar o filho. “Ele se foi em 2015, por causa da droga. Foi muito difícil, na época, a gente fez tudo que pode. Infelizmente, não deu”.

Com a voz mansa, o morador de Holambra conta que as flores são um sinal de como estão aqueles que deixaram o mundo. “As flores, estando bonitas, refletem aquilo que queremos para nossos amados que se foram. Eu venho a cada 15 dias e vou voltar no Dia de Finados”.

Mesmo sem ser católico, Sérgio pretende comparecer à Missa especial de quinta-feira (2). “Deus é um só e não adianta ter preconceito. Temos que aprender com todos os irmãos, mesmo aqueles com uma fé diferente da nossa”, explica.

Missa

A Igreja Matriz sediará, às 9 horas, uma missa especial em memória dos que dão nome ao feriado. De acordo com os fiéis, o momento é importante para interceder pelos que já foram, assim como os santos fazem com quem ainda está na Terra. “Tem muita gente que morre e não tem família, este é um momento para orar por eles”, conta um dos fiéis que se prepara para a ocasião.

Depois da missa, os 600 fiéis esperados se dirigirão ao Cemitério para fazer uma oração especial aos que já faleceram. De acordo com a paróquia, no domingo (5), uma Missa de Todos os Santos também relembrará os finados, encerrando a programação especial.

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