13/07/2016

Moinho de Holambra será iluminado por energia solar

Empresa responsável pelo projeto instalou equipamento no dia do oitavo aniversário do monumento.

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No oitavo aniversário do Moinho Povos Unidos, o monumento recebeu a doação de postes movidos a energia solar. Este equipamento é apenas o começo de um projeto que prevê a iluminação de todo o local usando apenas a energia gerada pelo sol. A intenção é reforçar o papel de sustentabilidade que o moinho representa ao ser movido à energia limpa. Em conversa com o Portal Holambrense o empresário responsável pela implantação da estrutura falou sobre a importância estratégica de se pensar de forma sustentável.

Logo pela manhã, nesta terça-feira (12), alguns funcionários de uma empresa de gestão ambiental já trabalhavam na instalação de dois postes bem diferentes, até mesmo no design, nas proximidades do Moinho Povos Unidos. “O formato dos postes foram trabalhados para que representassem o formato de plantas e com um ferro bem resistente”, detalha o empresário e biólogo, Geraldo Eysink. Nesta etapa do projeto, cerca de R$ 15 mil foram investidos. A implantação também contou com o apoio da prefeitura.

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“É uma forma de nós conciliarmos desenvolvimento com sustentabilidade”, reforça Eysink. O projeto prevê, no entanto, que outros postes sejam colocados nos arredores do principal cartão postal da cidade. Mas isso só será possível depois de algumas reformas externas pelas quais o moinho irá passar. “A captação de energia solar vai recarregar uma bateria que deve gerar até dez horas de iluminação”.  Além dos postes, equipamentos de iluminações serão colocados na base do moinho com variedades de cores para serem usadas em ocasiões especiais, como datas comemorativas.

Energia sustentável também é uma das características que o moinho agrega em sua função. O monumento funciona a base de energia do vento – energia eólica – e também remonta uma característica alternativa de consumo de energia consciente que já é uma realidade na Holanda e em outros países europeus. Apesar de o Brasil ter hoje quatro vezes mais condições de produzir energia solar do que a Alemanha, o país europeu é referência número um no mundo em investimentos neste tipo de alternativa energética.

Em cidades como Artur Nogueira, por exemplo, um morador já adotou o sistema solar como forma de adquirir energia. O engenheiro eletricista Marcelo Morais possui um sistema capaz de garantir com que toda a energia consumida na casa seja alimentada por meio da radiação solar. Tudo começou com uma experiência na faculdade e, de tanto insistir, o engenheiro adquiriu patente de um equipamento móvel capaz de gerar energia onde estiver, claro, desde que tenha luz solar.

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“No nosso país nunca se pensou em alternativas de energias renováveis. Com a falta de água e outros recursos a crise veio à tona, pois o Brasil é um país com uma matriz energética de hidrelétrica, se não tem água, não tem energia”, lamenta Morais. O engenheiro explica que “estamos pagando uma diferença de alíquota baseado na geração de termoelétrica”. Conforme Morais, o Brasil está “queimando combustíveis fósseis para poder complementar o que a geração hidrelétrica não está conseguindo fazer devido as questões de chuva”.

Eysink também faz uma avaliação negativa ao prevê os impactos que os atuais modelos de geração de energia no país causam ao meio- ambiente. “O Brasil precisa aprender com os países desenvolvidos para não cair nos mesmo erros que eles caíram”, frisa.

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