22/08/2016

Maioria dos candidatos a vereador de Holambra não tem ensino superior

Para especialista, falta de instrução dos candidatos afeta diretamente qualidade do trabalho desempenhado pelos vereadores.

Leonardo Saimon

Setenta e oito por cento dos candidatos a vereador em Holambra não possuem ensino superior completo. Dos 85 candidatos registrados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), somente 18 holambrenses passaram por alguma universidade e se graduaram por completo em uma área.  Dentre os graduados, 12 são mulheres e sete homens. Os outros 67 holambrenses que estão na disputa se enquadram entre os que possuem ou não ensino Fundamental e Médio, ou estão cursando uma universidade.

Com o início da corrida eleitoral, os candidatos precisam disputar uma vaga em alguma das nove cadeiras da Câmara Municipal de Holambra. Para especialistas, os munícipes precisam estar atentos às candidaturas e as propostas de cada candidato. Ainda de acordo com pesquisas apuradas pelo Portal Holambrense no site do Tribunal, 15 candidatos não possuem ensino Fundamental completo e 11 conseguiram terminar o primeiro grau. A maioria dos aspirantes ao cargo de vereador se enquadra no grupo entre os que concluíram o Ensino Médio, estes representam 37% entre os candidatos, ou seja 30 holambrenses, 21 homens e nove mulheres.

Câmara- com logo

De acordo com o cientista político da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) Marcelo Santos, a falta de instrução pode afetar sim a qualidade do trabalho desempenhado pelos vereadores. “Afeta sim, mas esta falta de escolaridade não é algo específico de município pequeno, já que o fenômeno também aparece em cidades maiores. Isso reflete a baixa qualidade cultural e intelectual do brasileiro em geral”, aponta.

Para Marcelo, a população tem grande responsabilidade em conhecer os candidatos. “Claro que, para fazer política, é necessário ter instrução e preparo não só o governante, mas também o governado. Qualidade de debate, conhecimento das implicações que a política exige, tudo isso é fundamental para a democracia aumentar e a sociedade receber de seus representantes um governo limpo e competente”. O cientista reforça que a população tem capacidade de exigir melhores condições intelectuais de seus governantes. “O fato de muitos candidatos não terem instrução pode significar que eles não possuem um grande conhecimento do tema e de política em si. É de responsabilidade dos eleitores fazer esta fiscalização e cobrança”, completa.

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