Lucas Simioni nega favorecimento e nepotismo

Leonardo Saimon

Acusado de nepotismo devido ser sobrinho do chefe de gabinete, o vereador Lucas Simioni (PP), em entrevista ao Portal Holambrense, refutou as acusações protocoladas na última semana na Câmara dos Vereadores. Em tribuna, realizada nesta segunda-feira (6), o parlamentar se ateve apenas em falar da decisão de não participar da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, do qual faz parte. A Prefeitura de Holambra, por meio de assessoria, afirmou que não recebeu, formalmente, nenhuma denúncia dessa natureza e que não se manifestará sobre o assunto antes da deliberação da Câmara Municipal.

Simioni (PP) vê o ato como estratégia política, mas se diz convicto de que não há irregularidades em assumir a vereança apesar de ser parente do chefe de gabinete Wilson Barbosa. “Eu tenho certeza que é pura politicagem. Tem alguém por trás desse adolescente, que protocolou o documento. Visto que este jovem nem sabia do meu parentesco. Tenho certeza que tem alguém por trás”, atestou o vereador.

O documento protocolado por um morador, de 19 anos, diz que o vereador pode ser beneficiado devido a relação de parentesco entre os dois. “O bigode – Wilson Barbosa – pode não ter sido nomeado graças a eleição de Lucas. Entretanto, o Lucas pode obter vantagens agora, uma vez que o Sr. Wilson está dentro da Prefeitura”, diz o documento.

O vereador rebate o texto. “Não há vantagens políticas nessa minha relação com ele, não foi eu quem o nomeei. Não foi em razão do meu cargo que ele foi nomeado e cargo de primeiro escalão é de livre nomeação pelo prefeito”, argumentou Simioni (PP).

Ainda com poucos meses de mandato, o secretário, que assume pela primeira vez o posto no Legislativo, também acredita que esta tensão política não deve abalar sua atuação na Casa. “No meu mandato não influencia de forma alguma porque fui eleito pelo povo. Poderia influenciar no cargo dele, como chefe de gabinete, mas eu acredito na Justiça”, disse.

O documento será analisado pela Comissão permanente de Constituição, Justiça e Redação do qual Lucas Simioni (PP) é vice-presidente. No entanto, como indica o regimento interno, o parlamentar não participará da decisão do grupo e Sitta da Fanfarra (PSDB) assumirá o posto provisoriamente. O grupo poderá arquivar o documento se entender que não há sustentação jurídica, ou passar para que a Câmara dê o parecer final. A comissão é presidida pela vereadora Jacinta Heijden (PSDB) ao lado de Jesus Aparecido de Souza (PSD) como secretário.

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