Justiça mantém prisão de homem que matou o próprio pai em Holambra

Da redação

A justiça manteve a prisão o homem de 29 anos que matou o próprio pai durante uma discussão em Holambra na manhã desta quinta-feira (04). O rapaz passou por audiência de custódia e a justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva (sem prazo para terminar). A decisão foi da juíza Daniela Aoki de Andrade Maria Orlandi, titular da 2ª Vara da Comarca de Artur Nogueira.

Na audiência, o Ministério Público pediu a conversão do flagrante em prisão preventiva. Já a defesa A Defesa pediu que fosse feita uma internação provisória.

Em sua decisão, a magistrada frisou que até o momento, as provas apresentadas relatam a gravidade do caso. “ O  auto de prisão em flagrante, o boletim de ocorrência e os depoimentos das testemunhas revelam a existência de materialidade e indícios suficientes de autoria. […] retratado pela periculosidade do agente e pelas circunstâncias e gravidade concreta dos fatos, uma vez que, supostamente, teria asfixiado a vítima com as próprias mãos, causando sua morte”, escreveu a juíza.

Ela também lembrou que o preso é reincidente. “”Assim, patente o risco considerável de reiteração de ações delituosas por parte do acusado, caso permaneça em liberdade, seja porque se trata de pessoa propensa à prática delituosa, seja porque, se solto, teria os mesmos estímulos relacionados com o delito cometido, inclusive pela possibilidade de voltar ao convívio com os parceiros do crime”.

Diante dos fatos, ela concluiu que a prisão preventiva manterá a ordem pública. Nesses termos, a prisão do autuado é medida que se impõe, em especial, pela garantia da ordem pública e garantia da aplicação da lei penal, figurando-se inadequada e insuficiente a imposições de outras medidas cautelares diversas da prisão”, finalizou a magistrada.

O acusado foi transferido para uma unidade prisional, onde aguardará os próximos passos do inquérito policial.

Relembre o caso

O caso aconteceu na noite de quarta-feira (03), no Bairro Imigrantes, em Holambra. Segundo o histórico da Polícia Militar (PM), os agentes foram acionados para atender uma ocorrência de briga em família. No local, encontraram um homem caído, enquanto populares tentavam conter outro homem, que estava bastante alterado. Os PMs conseguiram deter esse segundo homem e colocá-lo no compartimento da viatura.

Em contato com a testemunha, que é esposa da vítima, ela informou que seu filho chegou bastante agressivo, pulou o portão da residência e começou a agredir seu pai, esganando-o e derrubando-o no chão. O socorro foi acionado e levou a vítima para a Policlínica, mas Aparecido Rodrigues, de 66 anos não resistiu e já chegou morto ao hospital.

Aparecido era jardineiro e foi sepultado no fim da tarde de quinta-feira (04), no Cemitério de Holambra. Ele deixou esposa e três filhos.

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