28/06/2016

Imposto arrecadado em Holambra neste ano daria para construir 630 casas populares

Arrecadação ultrapassa a casa dos R$ 22 milhões; cerca de 15% a mais que no ano anterior.

Em média o morador de Holambra pagou neste semestre cerca de R$ 22 milhões que seria suficiente para construir 630 casa populares no município. A arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais da cidade tira do bolso dos holambrenses cerca de R$ 1,2 mil. O valor corresponde a data de 1º de janeiro de 2016 até o final da manhã da última segunda-feira (20). Neste ano, o valor em tributos foi cerca de 15% maior na cidade do que no mesmo período em 2015, quando o montante foi de R$ 18,9 milhões. Com a quantia recolhida, seria possível construir mais de 459 postos policiais equipados.

Segundo os dados do Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), esse dinheiro seria o suficiente para construir mais de 630 casas populares de 40 m2. Cerca de 230 casas a mais do que as previstas para serem construídas na cidade pelo programa Minha Casa Minha Vida. Com as verbas também seria possível contratar 1.652 professores do ensino fundamental por ano, comprar mais de 274 ambulâncias equipadas, pavimentar 19 quilômetros de estradas e construir mais de 240 quilômetros de redes de esgoto.

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Com uma inflação média de 10% registrada entre 2015 e 2016, o aumento real, ou seja, que vai além da inflação, foi de 5% em Holambra. O Impostômetro aponta ainda que o dinheiro arrecadado é a somatória de impostos municipais, como os tributos sobre serviços municipais (luz, água, etc.), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Contribuição de Melhorias, Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), Imposto de Renda retido na fonte e taxas municipais diversas.

Como tributos estaduais, os mais importantes e que registraram aumento no Estado de São Paulo foram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). E por fim, os impostos recolhidos pelo Governo Federal, como o Imposto sobre Produtos Importados (IPI) e o Imposto de Renda.

RMC

Dentre os municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC), as cidades de Engenheiro Coelho (29%), Americana (22%) e Vinhedo (21,7%) apresentaram maiores variações de impostos em um ano. Já Morungaba (8,6%), Jaguariúna (10%) e Nova Odessa (12,8%) mostraram um leve aumento dentre os 20 municípios.

De acordo com o economista Rick Galdino, muitos fatores podem estar relacionados com o aumento dos impostos. “Como os impostos computados pelo Impostômetro são a somatória dos tributos municipais, estaduais e federais, podemos traçar várias possibilidades. Um aumento no número de veículos, por exemplo, faz com que a arrecadação do IPVA aumente muito e altere consideravelmente o montante arrecadado. Uma empresa que se instala no município também gera um aumento, que é percebido na hora de constatar o imposto arrecadado”, explica.

O economista afirma ainda que é natural que haja aumento nos impostos de um ano para outro. “O aumento ocorre em todos os lugares, mas precisamos olhar para o aumento real, ou seja, o aumento acima da inflação. Em Holambra notamos que a arrecadação subiu 15%. Diminuindo os 10% da inflação média no país, temos 5%, que foi o aumento real, que é sentido direto no bolso do trabalhador”, completou.

CIDADESVARIAÇÃO
Americana22 %
Artur Nogueira18%
Campinas19 %
Cosmópolis18, 5 %
Engenheiro Coelho29 %
Holambra15 %
Hortolândia18,5 %
Indaiatuba18,5 %
Itatiba17 %
Jaguariúna10%
Monte Mor20%
Morungaba8,6%
Nova Odessa12,8 %
Paulínia14,2 %
Pedreira15 %
Santa Bárbara d´Oeste13,6 %
Santo Antônio de Posse14,5 %
Sumaré21 %
Valinhos 18 %
Vinhedo21,7 %

Imposto sob produto

A ACSP também apontou qual a porcentagem de impostos em cima dos produtos adquiridos pelos brasileiros. Em alguns itens, o tributo chega a custar mais de 50% do valor real do objeto. Dentre estes estão creme de beleza (57,02%), perfume (69,13%), cachaça (81,87%), microondas (59,37%) e cigarros (83,32%).


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