19/01/2018

Holambra registrou apenas 1 caso de hanseníase nos últimos 2 anos

JANEIRO ROXO: Campanha chama atenção para cuidados com a doença

Da redação 

“Hanseníase” é um nome talvez pouco conhecido para uma doença que pode deixar marcas profundas em quem a contrai. A patologia não é mais chamada de ‘lepra’, mas é provável que você a conheça mais por este segundo nome. Milenar, a enfermidade tem, no mês de janeiro, um lugar ao sol para que muito se discuta sobre seus sintomas, tratamentos e cura – sim, tem cura! É a campanha Janeiro Roxo.

Este mês, diversas organizações da sociedade civil, ministério e secretarias de Saúde promovem a campanha Janeiro Roxo. Em Holambra, por mais que apenas um caso tenha sido registrado nos últimos dois anos (o qual obteve sucesso na cura), a Prefeitura ressalta a importância de se observar os sintomas caso estes apareçam.

“O departamento municipal de Saúde informa que as ações preventivas e de conscientização se dão nos postos de atendimento de Holambra por meio da divulgação de cartazes e de folhetos que tratam dos sintomas e da importância da consulta médica para diagnóstico”, informou a assessoria do Executivo ao Portal Holambrense.

Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), o Estado do Mato Grosso registra as maiores taxas de detecção de hanseníase do país. Uma criança de 11 anos foi internada no domingo, 31 de dezembro de 2017, com infecção generalizada e morreu na madrugada do dia 1º de janeiro, no Hospital Regional de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá (MT). Daniel Rodrigues Santiago era portador de hanseníase multibacilar e estava em tratamento há três meses. O caso ressalta a importância na discussão sobre a patologia, que pode ser curada se os cuidados necessários forem tomados.

Segundo a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), nos últimos 10 anos o número de casos caiu no país, mas a falta de tratamento dos casos existentes aumentou o número pessoas com incapacidade física.

“Sabemos que a nossa rede de atenção básica não está funcionando a contento, deveria funcionar melhor, as referências não estão sendo capacitadas, estão sobrecarregadas. Temos feito diagnósticos tardios. Temos mais pessoas chegando para fazer o tratamento, já que há capacidade física instalada, o que significa que você vai ter mais problemas e vai sobrecarregar ainda mais o sistema”, afirmou a presidência da entidade em nota oficial.  Ainda de acordo com a SBH, o Brasil é o segundo país com mais casos registrados da doença, ficando apenas atrás da índia.

Sobre a Hanseníase

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para uma pessoa saudável suscetível. Embora tenha cura, a doença pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for feito adequadamente.

A orientação é que as pessoas procurem o serviço de saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se ela apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o tratamento, o paciente para de transmitir a doença quase imediatamente.

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