01/07/2016

Holambra registra quase três vezes mais chuva do que o esperado

Dados são referentes aos últimos trinta dias; Estado de São Paulo também registra outono mais chuvoso em quatro anos.

As chuvas de junho foram intensas em Holambra. Segundo dados do Climatempo, nos últimos trinta dias, a cidade registrou cerca de três vezes mais chuvas do que o esperado para o mês todo. Na última quarta-feira (29) representantes da Defesa Civil das 20 cidades que compõe a Região Metropolitana de Campinas se reuniram para discutir assuntos relacionados a equipamentos preventivos de desastres naturais.

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Somente no último mês, Holambra recebeu chuva que seria suficiente para quase três meses. A média pluviométrica ficou 280% acima do que se esperava. A cidade sentiu os efeitos dessas chuvas intensas quando na ocasião algumas chácaras ficaram alagadas e estradas ficaram, por alguns dias, intrafegáveis. Foram contabilizados 123 mm ante 43 mm previsto para o período. “Em março, a chuva voltou a ser volumosa no Sul, aumentou bastante no Norte e foi mais frequente em muitas áreas do Sudeste”, explica o instituto Climatempo. O Instituto Nacional de Meteorologia divulgou o balanço oficial do outono no estado de São Paulo e apontou que este é o outono mais chuvoso em quatro anos.

O Instituto Climatempo afirma que embora o El Niño tenha sido responsável pelas quedas de temperaturas, o fenômeno não justifica o aumento das chuvas. “A explicação para o chuva excessiva está no aquecimento anormal da água mais do litoral da Região Sudeste. Além disso, a circulação de ventos sobre o Brasil vem trazendo o ar úmido e quente da Região Norte para São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, o que também contribui para a formação de mais nuvens e chuva”.

Comitê de Risco

A Câmara Municipal de Artur Nogueira sediou na última quarta-feira (29) a 1ª Reunião da Proteção e Defesa Civil da Região Metropolitana de Campinas (RMC). A reunião começou às 9h30 e contou com representantes da Defesa Civil de todas as 20 cidades que compõe a região. A discussão abordou assuntos relacionados a novos equipamentos de segurança que serão implementados na RMC. Na ocasião, foram debatidos assuntos referentes à elaboração de um Comitê de Gestão de Riscos e Gerenciamento de Desastres, que será um sistema integrado em toda Região Metropolitana de Campinas. O equipamento consiste em um radar de pesquisa que vai prever desastres naturais na região.

A reunião contou com a presença do Capitão da Polícia Militar Paulo Roberto, que representa a Coordenação Estadual da Defesa Civil, além de Sidnei Furtado Fernandes, Coordenador Regional da Defesa Civil, Sérgio Gomide, diretor do Grupo de Documentação Técnica e Informática da Agemcamp e da Dr.ª Ana Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas em Agricultura (CEPAGRI).

Marco de Sendai

As discussões foram desenvolvidas em função do Marco Regulatório da Defesa Civil, projeto que visa a redução dos efeitos provenientes de desastres naturais que foi adotado na Terceira Conferência Mundial sobre a Redução do Risco de Desastres, realizada em 2015, em Sendai, no Japão. Na ocasião, as legislações estaduais dos países participantes, entre eles o Brasil, sofreram alterações, que passam por reformulações e adequações desde então.

De acordo com Sérgio Gomide, diretor do Grupo de Documentação Técnica e Informática da Agemcamp, a reunião foi importante por se tratar de mecanismos de prevenção contra os efeitos de tempestades, vendavais, chuvas de granizo, etc., e não apenas dos procedimentos tomados após a ocorrência destes desastres. “Com os novos equipamentos que foram apresentados na reunião, será possível prever, por exemplo, quando uma destas tempestades atingirá alguma das cidades da região. Cidades que não pertencem, mas que ficam próximas à RMC também serão beneficiadas”, explicou o diretor.

 

 


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