18/03/2019

Holambra fecha bimestre com saldo negativo na Balança Comercial

Pesquisa levantada pelo Observatório da PUC – Campinas especifica que RMC atingiu saldo negativo de $ 1,39 bilhão no primeiro bimestre do ano

Diego Faria

Holambra, assim como quase toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC), apresentou déficit na balança comercial nesse início de 2019. A queda nas exportações e o aumento em importações em fevereiro intensificaram o resultado, conforme análise realizada pelo Observatório da PUC – Campinas.

De acordo com a pesquisa realizada pelo órgão da PUC – Campinas, as 20 cidades da RMC tiveram queda de até 12,39% em exportações e alta de 3,38% em importações, causando resultados negativos na balança comercial de 2019. O déficit de fevereiro, se comparado ao mesmo período de 2018, resultou em um aumento negativo de 15,33% no índice. O percentual representa um saldo negativo de U$ 1,39 bilhão em toda a RMC, somente no primeiro bimestre do ano.

O levantamento do Observatório da PUC – Campinas indicou ainda um aumento em transações de importações voltadas a fungicidas, herbicidas e inseticidas no início de 2019. São U$ 213,05 milhões somente no primeiro bimestre de 2019, isso representa alta de 290%, caso comparado ao ano passado.

Já para as negociações de exportações, a atuação da indústria de automóveis se sobresaiu, com a marca de aumento em 8,04% no primeiro bimestre de 2019. Em cidades como Sumaré (SP) e Indaiatuba (SP), onde existe grande atuação do setor, foram U$ 54,73 milhões em negociações.

Para se ter uma ideia, o município de Holambra apresentou o resultado de U$ 0,08 milhão em exportações e U$ 9,01 em importações, representando um saldo -8,93, em comparação ao primeiro bimestre de 2018. Assim como a cidade das flores, 13 das 20 cidades da RMC tiveram déficit na balança comercial. Campinas (SP), Paulínia e Jaguariúna foras as cidades que mais apresentaram baixa.

O economista e professor, Paulo Oliveira, avaliou a situação como resultado de uma indústria regional que está focada no mercado interno. “Essa é uma característica da indústria regional, que depende da importação de muitos insumos (máquinas, partes, matéria-prima) para produzir, e ao mesmo tempo exporta pouco. Além disso, está focada no mercado interno e, em alguns casos, não tem competitividade para fornecer para mercados internacionais”, explicou.

“A dependência externa se ameniza com políticas comercias e industriais articuladas para melhorar a competitividade da indústria, sobretudo. Uma indústria mais articulada internamente, que atue em elos da cadeia produtiva que tenha maior valor agregado, vai ser menos dependente das importações”, concluiu o professor.

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