27/10/2016

Holambra completa 25 anos de avanços

Emancipação política aconteceu em 27 de outubro de 1991.

Leonardo Saimon

O desemprego e a devastação da Holanda durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foram algumas das causas da presença dos neerlandeses no Brasil. Na busca por locais adequados para se recomeçar a vida, o território brasileiro se mostrou propício às vítimas da guerra. Por isso, a perspectiva de posse rural e a formação de novos núcleos agrícolas contribuíram atrativamente para a vinda dos imigrantes.

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A imigração holandesa no Brasil se deu – há mais de um século – antes do nascimento de Holambra. Inicialmente, o sentimento holandês era de incertezas políticas e econômicas, entretanto, ao longo do tempo, o êxito deu lugar as dúvidas. Dessa forma, a relação Brasil-Holanda foi consolidada e vem se intensificando até o presente momento.

De acordo com a história, em julho de 1948 foi fundada a colônia Holambra I e a Cooperativa Agropecuária Holambra. O local à priori era visado como ponto estratégico de manejo de gado e formação de armazéns, mas as condições favoráveis levaram Holambra a investir no cultivo da flora, o que a fez chegar ao patamar de “Cidade Brasileira das Flores”.

A partir de então, foram anos de labuta até que – em pouco mais de dez anos – a cidade começava a despontar no ramo da floricultura. Assim, após a década de 60, a cidade já se destacava nessa área e começava a se estabelecer na região.

Inevitavelmente, o desenvolvimento gradual levou a cidade à emancipação política no início dos anos 90. Assim, consequentemente, o município tem herdado índices de qualidade de vida muitas vezes superior a realidade de outras cidades brasileiras mais antigas.

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Em meado dos anos oitenta, Holambra era uma pequena comunidade sem grandes problemas sociais. Por meio de comissões de voluntários nas diferentes áreas, era possível resolver algumas situações pontuais que surgiam na época. No entanto, com políticas públicas ainda limitadas para a localidade, os moradores decidiram lutar pela emancipação que acontecera anos mais tarde.

Por isso, em 27 de outubro de 1991, deu-se a votação do plebiscito onde uma maioria esmagadora, dos eleitores aptos a votarem, escolheu pela emancipação político-administrativa, formando por consequência, o município de Holambra.  Para isso, as cidades de Artur Nogueira, Jaguariúna, Santo Antônio de Posse e Cosmópolis desmembraram parte de suas áreas para que a nova cidade pudesse nascer.

Mas somente em primeiro de janeiro de 1993, tomou posse o primeiro prefeito de Holambra, Celso Capato ao lado de Pedro Weel – atual presidente da Câmara.

Holambra: polo biotecnológico

Dentre os conhecimentos trazidos pelos holandeses está o próspero modelo de comércio e produção de flores.

Além do cultivo de flores através da terra, Holambra também produz por meio da biotecnologia. Para tanto, os empreendedores cultivam por intermédio de “tubos de ensaios”. O investimento se tornou promissor a ponto da cidade ser considerada polo em biotecnologia. Um exemplo do potencial do município é a Expoflora – maior exposição de flores da América Latina – que acontece em Holambra e é responsável por levar ao público amostras das novidades do mundo tecnológico do setor.

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Veiling Holambra

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Veiling Holambra

O seguimento da floricultura expande continuamente graças ao desenvolvimento e ao uso de novas técnicas. O desafio do produtor é fazer com que as flores tenham mais qualidade, beleza e durabilidade para conquistar cada vez mais o consumidor.

Tobias de Witt, por exemplo, importou uma tecnologia pouco difundida aqui no Brasil. Ele conta que adquiriu um modelo de irrigação que economiza até 50% de água. Mais uma vez, os produtores holambrenses fazem com que a cidade ganhe ainda mais notoriedade no setor de biotecnologia. “Esse sistema funciona por meio de inundação e reaproveita a água que rega a plantação das flores. Ele pouco difundido aqui no Brasil, mas bastante usado na Holanda”, revela o produtor.

De Witt reforça que essas tecnologias servem para diversos aspectos na produção de uma flor. “Para que ela dure mais, ou para que tenha uma coloração diferente. Enfim, a tecnologia permite diversas possibilidades ao produtor”, completa.


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