Holambra cai de nível no Índice Paulista de Responsabilidade Social

Da redação

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) divulgou nesta semana os resultados da nova edição do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). A apresentação dos números referentes à região administrativa de Campinas (SP) foi realizada nesta quarta-feira (18) pelo deputado estadual Cauê Macris (PSDB), que também é presidente da Alesp.

O índice classifica os municípios em cinco grupos, analisando a riqueza da cidade, a longevidade da população e o nível educacional. Holambra, que havia sido classificada no Grupo 1 na edição anterior do levantamento – a mais alta classificação dentro do índice –, dessa vez foi alocada junto aos municípios do Grupo 2, mesmo tendo somado pontos em riqueza e longevidade.

O Grupo 1 da classificação reúne municípios com elevado nível de riqueza e bons indicadores sociais. A maioria deles localiza-se ao longo dos principais eixos rodoviários do Estado (rodovias Anhanguera e Presidente Dutra), que se interceptam no município de São Paulo. O Grupo 2 engloba localidades com bons níveis de riqueza, mas que não se refletem nos indicadores sociais, os quais se situam aquém dos registrados para os municípios pertencentes ao Grupo 1.

Embora tenha sido divulgada nesta semana, a nova edição do IPRS analisou os números referentes ao ano de 2014 e a variação em relação ao levantamento anterior, que analisou os números de 2012. O estudo é divulgado a cada dois anos e analisa todos os 645 municípios do Estado de São Paulo.

Riqueza

No que se refere à riqueza, Holambra somou pontos em relação ao levantamento anterior e manteve-se acima da média estadual. Numa escala de 0 a 100, a cidade conseguiu 49 pontos. A média estadual, assim como da região administrativa de Campinas (SP), foi de 47 pontos. O IPRS detalha a evolução da riqueza de Artur Nogueira comparando os resultados da pesquisa de 2012 e 2014 em quatro variáveis:

• O consumo anual de energia elétrica por ligação no comércio, na agricultura e nos serviços aumentou de 22,05 Megawatts/hora (MWh) para 30,84 MWh;
• O consumo anual de energia elétrica por ligação residencial aumentou de 2,58 MWh para 3,09 MWh;
• O rendimento médio do emprego formal aumentou de R$ 1.702 para R$ 1.893;
• O valor adicionado fiscal per capita elevou-se de R$ 42.840 para R$ 45.632

Longevidade

O indicador que mede a longevidade da população nogueirense se manteve acima do patamar médio estadual, após somar 4 pontos. Numa escala de 0 a 100, Holambra conseguiu 74 pontos. A região administrativa de Campinas (SP) marcou 71; o estado, 70. A evolução da longevidade entre 2012 e 2014 foi medida com base em quatro taxas:

• A taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos) reduziu-se de 10,22 para 7,63;
• A taxa de mortalidade perinatal (por mil nascidos) elevou-se de 12,20 para 13,21;
• A taxa de mortalidade das pessoas de 15 a 39 anos (por mil habitantes) reduziu-se de 1,74 para 1,38;
• A taxa de mortalidade das pessoas de 60 a 69 anos (por mil habitantes) diminuiu de 13,79 para 11,48

Escolaridade

Em Holambra, o indicador de escolaridade perdeu 16 pontos entre 2012 e 2014 e acabou ficando abaixo do patamar médio estadual. Numa escala de 0 a 100, o município marcou apenas 53 pontos. A região administrativa de Campinas (SP) fez 61; o estado, 54. As variáveis que compõem essa dimensão entre 2012 e 2014 são:

• A taxa de atendimento escolar de crianças de 4 e 5 anos manteve-se em 100,0%;
• A média da proporção de alunos do 5º ano do ensino fundamental da rede pública, que atingiram o nível adequado nas provas de português e matemática, reduziu-se de 77,7% para 54,1%;
• A média da proporção de alunos do 9º ano do ensino fundamental da rede pública, que atingiram o nível adequado nas provas de português e matemática, decresceu de 29,5% para 15,4%;
• O porcentual de alunos com atraso escolar no ensino médio elevou-se de 17,3% para 20,5%.

Prefeitura

Ao Portal Holambrense, a Prefeitura de Holambra enviou a seguinte nota:

“O departamento municipal de Educação esclarece, inicialmente, que os dados divulgados pelo IPRS dizem respeito ao exercício de 2014 e que avaliações feitas posteriormente pelo Inep apontam expressiva melhora no desempenho de alunos do 5º ano do ensino fundamental nas disciplinas de língua portuguesa e matemática. As notas da Prova Brasil saltaram de 207,44 em português e 231,99 em matemática, em 2013, para 224,16 e 242,89 em 2015, elevando o IDEB de 6,1 para 6,7 – acima da meta prevista para 2021 pelo Ministério da Educação. A nota máxima possível é 7.

A melhoria de desempenho se aplica também a alunos do 9º ano, que ampliaram o desempenho em português e matemática de 236,25 e 245,41 pontos, respectivamente, para 258,71 e 265,09 pontos nesse mesmo período. O IDEB também subiu de 4,4 para 5,2 – acima, a exemplo do 5º ano, da meta prevista para 2021 e das médias estadual e nacional.

O departamento municipal de Educação enfatiza ainda que adota, desde 2013, uma metodologia adequada de participação de alunos da rede municipal em provas de avaliação, que assegura uma amostragem imparcial e heterogênea para realização dos testes.

A Prefeitura informa, por fim, que ampliou em mais de 50% os investimentos destinados à Saúde e à Educação entre os anos de 2013 e 2016, saltando de R$ 8 milhões para R$ 12,6 milhões em ensino e de R$ 7 milhões para R$ 11 milhões em saúde.”

IPRS

O IPRS é fruto de uma parceria entre a Fundação Seade e a Alesp, por meio do Instituto do Legislativo Paulista (ILP). Ele é publicado a cada dois anos e é considerado uma ferramenta importante para avaliação e planejamento da gestão pública. Foi criado há 16 anos com o intuito mensurar o grau de desenvolvimento humano de todos os municípios paulistas.

Inspirado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o IPRS analisa as dimensões riqueza, longevidade e escolaridade, de forma a caracterizar a posição de determinada unidade territorial (município, Região Administrativa, Estado) de acordo com sua situação em cada dimensão e também dentro de uma tipologia elaborada a partir da combinação dessas dimensões.

O IPRS é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) tanto por ser a primeira iniciativa de uma casa legislativa na construção de um instrumento de controle e acompanhamento do desenvolvimento, como também pela excelência técnica e metodológica empregada.

O documento completo do IPRS pode ser acessado no site da Alesp.

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