06/09/2016

Greve dos bancários paralisa metade das agências em Holambra

Mais de 130 sindicatos em território nacional aprovaram greve por tempo indeterminado.

Leonardo Saimon

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A greve nacional dos bancários paralisou metade das agências em Holambra nesta terça-feira (06). A categoria reivindica reajuste salarial de 14,78%, incluindo a reposição inflacionária anual de 5%.  A decisão foi tomada na última quinta-feira (01) em assembleia realizada na sede do Sindicato dos bancários de Campinas e Região.

Em Holambra, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal paralisaram as atividades, mas os serviços em caixas eletrônicos seguem funcionando normalmente. Já os bancos Bradesco e Itaú afirmam que não vão parar os serviços nas agências do município.

Ao todo, mais de 130 sindicatos em território nacional aprovaram a greve por tempo indeterminado. A categoria rejeitou a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancários (Fenaban) de reajuste salarial de 6,5% mais abono de R$ 3 mil. Durante a noite desta segunda-feira (05), o Sindicato realizou uma assembleia organizativa, na sede em Campinas onde acertou os últimos detalhes referente à greve. O sindicato explica que até o momento não há indícios de novas negociações.

 Para a presidente do Sindicato, Ana Stela, o momento também exige respeito e seriedade aos profissionais da área. “Depois de quatro rodadas nenhuma proposta decente. O que configura desrespeito. Afinal, mesmo numa economia em recessão, a rentabilidade dos Bancos permanece alta. No primeiro semestre de 2016, o lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) totalizou R$ 29,7 bilhões. Portanto, é greve em todos os Bancos, privados e públicos”, declarou.

Os eixos centrais da Campanha Nacional 2016 são: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.


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