19/10/2016

Gestão Fiscal de Holambra é a pior em nove anos, segundo Firjan

Indicativo leva em consideração diversos fatores a partir dos resultados fiscais apresentados pela própria Prefeitura.

Leonardo Saimon

O ano de 2015 parece ter sido difícil para o Executivo em Holambra. Segundo o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) de 2016, mas com data base de 2015, o município recebeu o conceito “gestão em dificuldades”. A pontuação do município, no entanto, colocou a cidade na pior situação fiscal dos últimos nove anos. Confira os dados clicando aqui.

O indicativo leva em consideração diversos fatores a partir dos resultados fiscais apresentados pela própria Prefeitura. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC) o resultado parece ter sido o mesmo em quase todos os municípios.

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Holambra teve nota 0.5146 e por isso foi enquadrada no conceito C (gestão em dificuldade). O desempenho da cidade apresentou leve queda quando comparado a 2014. Na ocasião, a cidade obteve 0.5183 de pontuação. Isto significa que a cidade ainda permanece em um patamar delicado. Apesar disso, Holambra vive um dos piores momentos no quesito fiscal, o pior desde 2006, para ser mais exato.

De acordo com o índice, a média mais baixa registrada pelo indicativo foi em 2009, época em que a cidade recebeu a nota 0.5140. Um ano antes, em 2008, a estância turística ostentou sua maior pontuação com 0.8251 (gestão em excelência).

O índice é resultado de informações fiscais enviada pelas prefeituras à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e coletadas pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Para elaboração desta ferramenta é necessária a composição de cinco indicadores: receita própria, gastos com pessoal, investimentos, liquidez e custo da dívida. Dos cinco indicadores, a liquidez foi o item com o pior desempenho de Prefeitura.

O professor de Economia Antônio Carlos Lobão explica que a Liquidez se refere ao fluxo de dinheiro disponível no caixa da Prefeitura para que esta possa pagar dívidas. “Ela leva em conta a disponibilidade de caixa da Prefeitura. O Executivo pode ter dinheiro a receber, mas não está recebendo. Isto pode gerar dificuldades em honrar os seus compromissos”, afirma Lobão.

Em suma, o especialista acredita que o problema está em verbas pendentes que a Prefeitura está deixando de receber e impede que haja novos investimentos. “Essa falta de repasse pode ser tanto de empresas privadas como de repasses dos órgãos públicos, como a União”, completa.

Até o fechamento desta reportagem, a Prefeitura não se pronunciou sobre o assunto.


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