06/04/2016

Filho desabafa após morte de mãe por suspeita de H1N1 em Holambra

Funcionária pública Rosmari Mendes de Aguiar morreu sábado.

Quatro dias após a morte por suspeita de H1N1 da funcionária pública de Holambra, Rosmari Mendes de Aguiar, o filho, Paulo Mendes Aguiar Teab, desabafa sobre o caso. Para ele, se o diagnostico tivesse sido precoce situação seria evitada.

Rosmari faleceu na noite do último sábado (2), aos 53 anos, no Hospital Municipal Walter Ferrari, de Jaguariúna, após sofrer uma parada respiratória. Ela estava internada desde a quarta-feira, dia 23 de março, em coma induzido. Segundo Teab, a suspeita de Influenza A H1N1 surgiu após a piora do quadro clínico da mãe.

Ele lembra que as dores da mãe começaram na sexta-feira, 18 de março. No dia, ela foi acometida por uma forte crise de tosse, o que não a impediu de ir para a aula, perseguir um de seus objetivos: concluir o Ensino Médio. No dia seguinte, sábado (19), como o quadro continuava instável, procurou a policlínica de Holambra.

Policlínica

O filho a acompanhou na visita e também pediu para ser avaliado já que não sentia-se bem. Na ocasião, Teab conta que levantaram a suspeita de dengue, solicitando exames, mas que ambos teriam sido liberados.

Rosmari foi ainda mais uma vez à Policlínica no domingo (20) e uma vez ao Hospital Municipal Walter Ferrari, em Jaguariúna, na terça-feira (22).

Durante estes dias, entre 18 e 22 de março, o quadro de Rosmari piorou significativamente e, além da tosse e febre, Teab conta que a mãe tinha diarreia e não conseguia se alimentar.

Fraca, foi internada no hospital de Jaguariúna na quarta (23), entrando em coma induzido e precisando ser entubada.

HOSPITAL JAGUARIUNA 2

Segundo Teab, os médicos constaram uma pneumonia e dias após a entubação cogitaram que poderia ser decorrente de H1N1. Desde então, Rosmari permaneceu internada e respirando com a ajuda de aparelhos.

Uma semana depois, a funcionária teve uma parada respiratória e faleceu. “O estranho foi que no sábado [dia 2] ela apresentou o melhor quadro”, lembra Teab. “Ela dependia menos dos aparelhos para respirar e ninguém imaginava que isso poderia acontecer.”

Rosmari-

Rosmari. Foto: Arquivo pessoal.

Exames de Rosmari foram solicitados ao Instituto Adolfo Lutz para confirmar ou não a morte por vírus.

Mesmo em luto, durante um momento de dor profunda, o filho encontra forças para alertar a sociedade quanto aos riscos do vírus. Como há muita semelhança com a gripe comum, ele reforça a necessidade de se pedir exames extras e tomar todas as medidas de precauções possíveis. “Se tivesse siso diagnosticado desde o começo, seria melhor. Mas é muito difícil. Não imaginávamos que fosse H1N1.”

Teab vivia com a mãe há quase 15 anos no bairro Groot. Eram grandes amigos e sua morte é uma perda com a qual terá que aprender a lidar. “Minha mãe era muito carismática. Tinha sonhos, estava estudando. Será difícil.”

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