01/04/2018

Fiéis refletem sobre significado da Páscoa em Holambra

Mais de mil pessoas compareceram às missas

Rui do Amaral 

A Páscoa revela, toda vez que chega o primeiro domingo de abril, ser muito mais do que um feriado religioso. Em Holambra, município conhecido pelas flores e por seu apelo turístico, as pétalas dão lugar às preces e os turistas abrem espaço para os fiéis.

Desde a última quarta-feira (28), o município conta com diversas ocasiões especiais dedicadas à crença da crucificação e ressurreição de Jesus Cristo. Na Praça dos Coqueiros, local repleto de árvores e bancos convidativos, uma série de painéis remontam os últimos momentos de Cristo.

É ali que, discretamente, Maria Aparecida aprecia um dos cenários expostos. A dona de casa, que leva no próprio nome a fé no Messias, contempla a obra que destaca o filho do homem pendurado em uma cruz. “É de arrepiar saber que isso aconteceu e que foi por nós”, conta com a voz baixinha, com receio de ferir o caráter sacro do local. “Para mim a Páscoa é isso: Jesus. A gente inventa esse montão de coisas, mas, no fundo, é a crença que une a gente”, explica.

Não muito longe, Antônio Pietro observa uma figura de Jesus ainda carregando a cruz, na chamada Via Dolorosa. “É muito bonito, né? Gosto de ver essas pinturas porque parecem bem realistas e nos fazem pensar no real sentido da Páscoa”, reflete.

Na sexta-feira (30), uma peça encenou a primeira parte da ‘Paixão de Cristo’, relato que compreende os momentos da crucificação de Jesus. Neste domingo, às 10 horas, o restante da cerimônia ocorre no Cemitério Municipal, com a ressurreição de Cristo.

A Paróquia de Holambra reitera que, no município das flores, o período celebrado vai muito além de meros chocolates em forma de ovos. “É o momento de reconhecermos Cristo como nosso Salvador, olhando para o seu sacrifício e permanecendo ao lado dEle”. O padre Paulo sacramenta que a importância para os cristãos é fazer memória à Ressurreição de Cristo, a inauguração do Céu e o cumprimento das promessas salvíficas de Jesus. “É a data mais importante do calendário cristão. Por causa dela é que todas as outras podem ser comemoradas e lembradas. Sem ressurreição não haveria sentido nossa fé”, reflete.

“Acredito que este período é o momento propício para o começo de uma vida nova de perdão e reconciliação e independente a denominação, se ela é de fato cristã, é possível ver que os seus seguidores renovam sua fé neste dia. Eles experimentam da bondade do Pai em fazer nova todas as coisas em Cristo Jesus”, afirma.

O padre finaliza mensurando a importância do período para Holambra. “É um momento no qual nossos fiéis podem se unir para celebrar o amor de Deus para com a humanidade em supremo gesto de gratuidade. Ele não esperou que fôssemos puros ou que estivéssemos sem pecado para nos dar a ressurreição. Ele mostra a gratuidade da fé como um dom e como uma opção fundamental de vida”.

A Páscoa movimentou os fiéis de Holambra. Somente nas missas, mais de 300 pessoas compareceram (em cada uma), número expressivo que condiz com a seriedade dos fiéis católicos da cidade, que juntos formam mais de um terço dos habitantes do município.

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