04/11/2020

Especial: Fernando Fiori fala sobre gestão e futuro de Holambra

Prefeito de Holambra parabeniza cidade e cita desafios para gestão pública em 2021

Da redação

Holambra é um dos principais redutos turísticos do Estado de São Paulo neste período do ano. Suas belezas naturais, cultura holandesa e produção de flores, atrai anualmente milhares de turistas. Sua história encanta visitantes e enche de orgulho quem reside na cidade mais florida do Brasil. Tudo começou em 5 de junho de 1948 com a chegada dos primeiros imigrantes holandeses. Tornou município depois de um plebiscito que recebeu 98% de aprovação dos moradores.

Para falar sobre a cidade de Holambra, convidamos para uma entrevista o atual prefeito da cidade, Fernando Fiori de Godoy. Ele encerra em 2020 seu segundo período no comando da Prefeitura holambrense. Neste bate-papo, ele fala sobre a cidade, seu governo e como foi enfrentar a Covid-19.

Ao completar oito anos à frente da Prefeitura de Holambra, qual o principal legado do seu governo?

Me sinto muito realizado por tudo o que conseguimos fazer. Recebemos recentemente, por exemplo, a notícia de que a participação de Holambra no repasse do ICMS terá aumento real acima dos 9% para o próximo ano. O melhor resultado de toda a nossa região. Isso significa que estamos gerando mais riquezas, com desenvolvimento econômico forte, crescendo de forma excepcional mesmo diante da crise. Esse é um entre outros importantes legados que deixaremos e que muito me orgulham. Na área de saneamento, retomamos o tratamento de 100% do esgoto gerado na zona urbana e fomos considerados pela Cetesb, já em 2015, o sistema mais eficiente de toda a Região Metropolitana. Trouxemos para o município, buscando junto ao Estado e ao Governo Federal, o maior investimento de sua história num curto espaço de tempo. Isso nos permitiu, entre outras coisas, realizar os maiores programas de pavimentação asfáltica e de preservação hídrica e ambiental já feitos na cidade. Dobramos a quantidade de unidades básicas de atendimento próprias na área da saúde, construímos e ampliamos fortemente a oferta de vagas em creches, tornamos realidade o sistema integrado de videomonitoramento, hoje com cerca de 60 câmeras por toda a cidade. Modernizamos a gestão, reduzimos extraordinariamente as dívidas que nos foram deixadas e entregaremos, no final deste ano, uma Prefeitura em dia, com prédios bem mantidos e serviços funcionando com padrão de qualidade.

O ano de 2020 foi delicado para Holambra. Quais lições a pandemia ensinou para o município?

Foi um ano difícil para todo o mundo. Acredito que as maiores lições deixadas por esta pandemia são a valorização da vida, da nossa saúde, das pessoas que estão à nossa volta. E a compreensão da fragilidade das coisas como as conhecemos. O Covid-19 nos mostrou a importância de estarmos prontos para nos reinventarmos, para lidarmos de forma mais assertiva com desafios inesperados.

A pandemia do novo coronavírus foi o momento mais tenso da sua gestão?

Vivemos ao longo de apenas dois mandatos experiências extremamente difíceis. Assumimos há quase oito anos uma cidade sucateada, sem estrutura e sem condições de trabalho, com mais de 60% do seu orçamento comprometido em dívidas. Enfrentamos a maior crise financeira da história recente do Brasil. Passamos por um impeachment e três diferentes governos em Brasília. E atravessamos agora a grave crise sanitária e econômica criada pela pandemia do novo coronavírus. Aprendemos, diante de cada uma destas dificuldades, a preservar a tranquilidade e seguir trabalhando, fazendo o melhor que podíamos fazer em cada um desses momentos. A gestão pública é, por si só, um enorme desafio. Uma responsabilidade muito grande. Não tem dia fácil. Mas sempre nos moveu o desejo de fazer mais, de avançar mais, de encontrar as soluções necessárias para cada problema.

O senhor testou positivo para Covid-19. Como foi enfrenar essa doença?

Foi uma experiência muito difícil, sobretudo pela preocupação com minha família. Minha esposa e filho, que vivem comigo. Em razão da doença, passei por quatro dias de internação, com sintomas bastante incômodos e parte dos pulmões comprometidos. Tenho reforçado, desde então, com quem converso, que é muito importante cuidarmos da nossa saúde. Praticarmos em nossa rotina diária as medidas preventivas. Para nós e para os outros. Temos em Holambra, felizmente, um dos menores índices de letalidade por Covid-19 da nossa região. Mas isso não pode fazer com que deixemos de lado os cuidados.

Qual a sensação de ver Holambra retomando no pós-pandemia, inclusive já recebendo turistas?

A pandemia impôs a todos grandes dificuldades. Era triste para nós, que estávamos acostumados com uma cidade cheia de vida e sempre muito concorrida, testemunhar os impactos negativos das medidas restritivas. Comércios fechados, pouca gente nas ruas. Foram decisões difíceis, mas acredito que necessárias para que conseguíssemos alcançar um controle efetivo da doença até aqui. Por tudo isso, é bom ver que estamos pouco a pouco retomando a normalidade. Holambra é uma cidade mais feliz quando vive plenamente a sua vocação, que é reunir e encantar pessoas.

Holambra é a porta de entrada do circuito das águas e pertence a Região Metropolitana de Campinas. Como aproveitar mais para crescer e desenvolver?

Holambra é privilegiada do ponto de vista geográfico. Estamos inseridos em uma das regiões mais prósperas do país, com boas estradas, proximidade dos grandes centros e dos serviços que eles oferecem e com forte infraestrutura. Além disso, fazemos parte de um importante corredor turístico do Estado, o Circuito das Águas, que nos permite fortalecer ainda mais essa atividade tão importante para nossa economia. São condições muito favoráveis para o desenvolvimento local, mas que trazem com elas grandes desafios que precisam ser observados de perto, como na área de segurança pública, por exemplo. Temos investido pesado neste setor para preservar a tranquilidade e proteção que são tão característicos da nossa cidade. Foram mais de R$ 600 mil somente de fevereiro até agora.

Holambra tem o 5º melhor Índice de Sustentabilidade de Limpeza Urbana da RMC. É visível que o investimento no embelezamento da cidade existe. Na prática, qual o resultado deste investimento feito em seu governo?

O cuidado permanente com a cidade é essencial, em primeiro lugar, para preservarmos a qualidade de vida que Holambra oferece aos moradores. Todos, acredito, gostam de viver em um lugar organizado, limpo e bem mantido. Um lugar que nos permite caminhar, praticar atividades desportivas e de lazer, passear. É um diferencial que deve ser sempre valorizado. Esse tipo de investimento é importante também para reforçarmos a boa imagem do município e sua vocação para o turismo, um setor que gera inúmeros empregos e renda às famílias holambrenses.

O que classifica como o maior desafio a ser superado por Holambra no próximo ano?

Esperamos que a retomada efetiva da nossa rotina pós-pandemia seja possível já no início do ano que vem. E esse será, sem dúvidas, o grande desafio que o próximo prefeito encontrará pela frente em 2021: lidar com os impactos deixados pela Covid-19.

Depois de oito à frente da prefeitura, o que pensa em fazer após esse período?

Pretendo seguir trabalhando muito.

O que dizer para a população de Holambra nesta data especial para o município?

Me sinto muito privilegiado pela oportunidade de ser prefeito por dois mandatos consecutivos. Por fazer parte desta bonita história que Holambra construiu e segue construindo. Sou grato à nossa gente por isso. Desejo, neste aniversário de 29 anos de emancipação, que possamos seguir, todos nós, cuidando do nosso município, valorizando e tendo orgulho de viver nesta cidade tão linda e tão especial.

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