15/01/2018

Família de Holambra faz campanha por tratamento de filho com paralisia cerebral

Até agora, apenas 6% do valor necessário foi arrecadado

Rui do Amaral 

Qual é a rotina de uma criança de 12 anos? Talvez você pense em escola, amigos e brinquedos. Pouca preocupação e muita tranquilidade (que saudade). Murilo Van Vliet acabou de completar 12 anos, mais precisamente no último sábado (13). O dia-a-dia do pequeno holambrense, no entanto, passa longe da calmaria da maioria dos meninos e meninas de sua idade. Murilo tem Paralisia Cerebral.

Pierre e Carol Van Vliet vivem em uma constante força-tarefa desde que o filho nasceu. A doença, que vem acompanhada de uma série de características dificílimas de serem atendidas (má coordenação motora, rigidez muscular, fraqueza muscular, tremores, mal funcionamento da visão, audição, deglutição e fala), exige muito de quem está em volta do portador – inclusive financeiramente. Os diversos tratamentos que visam proporcionar uma qualidade digna de vida são caríssimos e não disponíveis na maioria dos municípios brasileiros.

Para atender melhor às necessidades de Murilo, Carol, de 32 anos, não trabalha fora e faz bolo de pote para complementar a renda do marido, Pierre, de 34 anos. Três vezes por semana, se deslocam a Campinas/SP, onde Murilo realiza sessões de fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. Sexta-feira é dia de equoterapia, método que utiliza cavalos para desenvolver aspectos de saúde.

Resumo da ópera? Um gasto mensal que chega a R$ 5 mil. “Tivemos até que vender nosso antigo carro para ajudar nas contas, e agora temos um menor, onde é muito difícil de acomodar a cadeira de rodas”, explica Carol. Em meio ao furacão de contas a pagar, a alegria de Murilo vem como uma pacífica injeção de alento à família que tanto luta por inclusão social. “Tirei ele da escola porque, aqui em Holambra, havia apenas uma sala de aula para todos os alunos especiais. Isso não é inclusão social, como meu filho vai viver no mundo afora se a sociedade não aprende a lidar com pessoas como ele? ”, indaga a mãe, O tom frustrado, porém, dura pouco.

“Hoje somos felizes, mesmo diante de tantos desafios. Murilo nos traz alegria e precisamos uns dos outros para sermos felizes. E hoje precisamos da solidariedade das pessoas para poder dar o que ele merece qualidade de vida”. Carol está falando da vaquinha online, campanha que organizou no início do ano a fim de angariar fundos que possibilitem fôlego financeiro em meio a tantas adversidades.

O valor total desejado é de R$ 30 mil, que serão destinados na aquisição de equipamentos que facilitem a vida de Murilo, além de custear os cuidados clínicos por algum tempo. Isso, é claro, se o valor for alcançado. Até agora, apenas R$ 1.810 foram doados (cerca de 6% do total). Mas a esperança se mantém a mesma. “Por enquanto, muitas pessoas queridas estão nos ajudando. Quem sabe outras sintam o mesmo desejo”. Murilo agradece.

Você pode acessar a vaquinha online para ajudar Murilo clicando aqui.

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