01/09/2016

Dr. Fernando fala sobre propostas para Holambra

Candidato à reeleição a prefeito de Holambra comenta sobre problemas e soluções para a cidade.

Entrevista: Leonardo Saimon / Rui do Amaral

Fotos: Walisson Farias 

IMG_0728-1472679747

A equipe do Portal Holambrense entrevistou na última terça-feira (30) os candidatos a prefeito(a) de Holambra ao pleito municipal deste ano. As marcas das eleições de 2016 ao cargo de chefe do Executivo, relembra um cenário semelhante a 2012.

Respeitando a ordem de convenção realizada pelas siglas partidárias, a primeira entrevista publicada é a do candidato oficializado pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Dr. Fernando Fiori de Godoy. Atualmente, 15 partidos se aliaram pela coligação Todos Juntos Por Holambra  para apoiar a candidatura de Fiori.

Durante a entrevista, Dr. Fernando fala sobre planos para o turismo, mobilidade urbana, educação e infraestrutura. Além disso, o candidato também propõe soluções para assuntos que foram alvo de polêmicas durante sua gestão, entre eles as casas populares para pessoas de baixa renda e sobre o sistema de saúde do município.

Caso seja reeleito, o candidato também revela como fará para trazer investimentos para Holambra diante da crise política e econômica presente no cenário nacional e qual o papel que seu vice, Fernando Capato exercerá.

Por quê você decidiu se candidatar novamente? Pela importância do trabalho que foi feito nestes quatro anos. Foi um trabalho de reconstrução da cidade, que fez com que Holambra voltasse a ter credibilidade no cenário político e administrativo na região e no estado. Holambra sempre foi muito bem vista e muito importante, conhecida nacionalmente e até mundialmente. Tivemos uma gestão passada que fez mal para a cidade e conseguimos dar uma revitalizada neste tempo em que estivemos à frente do município. Queremos continuar com este serviço, implementar mais situações que coloquem Holambra como uma cidade de qualidade de vida. Sempre falo que devemos pensar a longo prazo. Muitas coisas que já fizemos foi pensando assim. Tenho certeza que temos que vencer as eleições e nos mantermos unidos com pessoas que querem o bem da cidade. Acredito que nossa cidade pode ser bem administrada com esta visão de futuro e união.

Caso seja eleito, quais serão as prioridades em seu mandato? Nós sempre colocamos como prioridade as questões que envolvem segurança, saneamento, que por muitos anos estavam abandonadas, e fizemos a base, plantamos a semente da segurança, saneamento e saúde. Acho que temos muito o que avançar, na área da Educação, cursos técnicos. Estamos implantando a Faculdade das Flores, que é a primeira do tipo no país, começamos a fortalecer o agronegócio, que é uma de nossas bases e também o turismo. Queremos uma cultura de criar empregos e gerar renda, trabalhar com a formação do jovem para que ocupem os melhores empregos. Isso é desenvolver a cidade, porque a parte do embasamento, principalmente na questão do saneamento, nós fizemos. Com isso todos ganham. Quando a situação de crise vem em todos os setores, temos que tentar melhorar a renda das pessoas e tenho certeza que, conseguindo fazer isso, melhoramos a qualidade de vida das pessoas.

Qual será o papel do seu vice, caso seja eleito? Metade da minha vida eu vivi em Holambra. Acompanhei o crescimento da cidade e a gestão de [Celso] Capato e vi o Fernando crescer. Tenho certeza que, neste momento, a união que fizemos, trazendo-o como meu vice, vai só fortalecer a administração. Ele é jovem, tem metade da minha idade, e tem conhecimento e bagagem política. Além disso ele ama Holambra. Penso que isso trará um conforto em trabalharmos juntos. Quem sabe ele também possa receber o bastão que recebi de seu pai e estou tentando conduzir da melhor maneira possível.

Como você avalia a Gestão Margareti, que foi a anterior a sua? Tomei um susto quando assumimos. Trabalhei durante dois anos como funcionário da Prefeitura na gestão dela e nos assustávamos com a situação em que se encontrava a máquina pública. A cidade estava visivelmente abandonada e na hora que ganhamos a eleição, lembrando que ela tinha a máquina pública a seu favor, existia um grande descontentamento. Quando entramos na Prefeitura foi um horror. Falta de documentação, pedimos muita força a Deus para que nos desse uma equipe boa e unida para que pudéssemos unir e reconstruir a cidade. Tudo isso aconteceu. Pegamos toda a destruição da cidade, levamos um dossiê até Brasília para mostrar como se encontrava o prédio da Prefeitura, da Saúde e Educação. Qualquer um se assustaria com a situação em que estava. As contas dela foram reprovadas. Entramos com uma multa de água de R$ 4 milhões e vários bairros sem água. Hoje, a melhor nota da RMC, segundo a Cetesb, é de Holambra.

IMG_0875-1472679751

Qual o maior problema de Holambra? Atualmente, trazer mais investimentos e aumentar a arrecadação, esse é o maior desafio. Perdemos um pouco o bonde e deixamos de trazer empresas para cá, ficamos estagnados nos primeiros anos. Principalmente devido a condição da nossa água e esgoto, mas estamos conseguindo reverter isso. Estamos conseguindo trazer um hotel e uma empresa de sementes e, conforme formos trazendo mais empresas, nossa arrecadação vai automaticamente aumentar. O maior problema hoje é trazer cada vez mais estas empresas, prezando por indústrias limpas. Hoje, nós pagamos quase R$ 12 milhões de dívidas, que eram antes R$ 25 milhões. Atualmente elas estão parceladas, mas esperamos que o Brasil saia cada vez mais da crise para podermos aumentar nossa arrecadação. 90% das obras que nós fazemos são realizadas com verba que nós mesmos conseguimos.

O Brasil vive uma crise política e econômica que reflete também nos municípios. Como pretende governar a cidade perante esta realidade, na busca por novos investimentos provenientes da União? Vejo que nós conseguimos caminhar muito em um momento bastante delicado. Quando começamos nossa gestão, estávamos no fundo do poço e tenho a visão de que nos próximos dois anos ainda vamos enfrentar uma situação delicada, mas é como eu disse antes, temos que trabalhar a longo prazo. A gestão passada pegou os melhores anos do país e destruiu a cidade. Nós pegamos os piores anos do país e conseguimos avançar muito. Nestes próximos quatro anos vamos trabalhar muito mais para conseguir buscar estes recursos, trabalhar usando bem o dinheiro público, fazendo mais com menos e aumentando nossa arrecadação. Plantamos a semente e vamos colher os frutos.

Holambra hoje é conhecida nacionalmente pelo Turismo. Todos os anos, ao menos 1 milhão de turistas passa pela cidade. Quais seus projetos para esta área? Estamos investindo muito na questão do Turismo. Nós temos um recurso garantido por sermos estância turística. Na gestão passada nós perdemos esta verba por duas vezes, já que não houve nenhum projeto e a verba só vem se apresentarmos um projeto turístico que seja aprovado. Temos que trabalhar sério essa questão do Turismo. Há uma nova lei que definiu que cidades que têm interesse turístico também passarão a receber uma verba estadual, e as estâncias turísticas devem manter o fluxo de projetos para não ter a verba diminuída. Ou seja, temos que fazer nossa lição de casa para não perdermos nossa “vaga” de estância turística para uma destas cidades que também possuem apelo turístico. Vamos trabalhar em cima destes eventos, trazer cursos técnicos para capacitar os jovens nas áreas de Hotelaria e Gastronomia. Fomos conhecer Gramado/RS, para entender como eles obtiveram este sucesso no Turismo e sabemos que, trabalhando sério, podemos chegar onde eles chegaram. Incluímos a matéria de Turismo nas escolas, coisa que Gramado/RS fez em 1976. São sementes que nós plantamos e que com elas vamos conseguir melhorar cada vez mais o Turismo na cidade. O projeto da Praça do Moinho, que já está pronto, mudanças na sinalização turística, fortalecer o turismo rural, que começou na gestão do Celso e não teve continuidade na gestão passada e hoje está voltando.

IMG_0806-1472750800

Por se tratar de uma estância turística, Holambra não deveria ter uma rodoviária mais estruturada para receber os turistas? Nós estivemos em reunião com a EMTU para entendermos um pouco como funciona o transporte metropolitano. Temos cerca de três milhões de habitantes só na Região Metropolitana de Campinas (RMC), e muitos destes são nossos turistas. Estamos próximos de Mogi Mirim e Mogi Guaçu e também do Circuito das Águas e o transporte público é a maneira de trazer os turistas quem vivem nestas regiões para cá. Nós trouxemos o ônibus da Viaja São Paulo e conseguimos colocar Holambra no circuito de Turismo gratuitamente. Fomos conversar com a Princesa D’ Oeste e ouvimos eles falarem em crise. Ninguém coloca ônibus em circulação se não tiver retorno financeiro. Com isso nós entendemos que precisamos tornar Holambra uma cidade cada vez mais atrativa para atrair estas empresas de transporte para cá. Consigo projetar isso para os próximos anos.

De acordo com o Índice Firjan de Gestão Fiscal de 2015, Holambra teve o pior desempenho fiscal em nove anos. A avaliação é feita segundo relatórios enviados pela Prefeitura à Secretaria do Tesouro Nacional. A quê você atribui este desempenho? Nós deixamos de arrecadar, em 2014, 2015 e 2016, quase R$ 25 milhões. Isso apenas colocando a inflação. Acho que aumentamos a arrecadação, conseguimos melhorar com algumas medidas, como a implantação da nota fiscal eletrônica. Quando nós assumimos existiam cerca de sete setores que não conversavam entre si, financeiro não se comunicava com lançadoria, a parte de obras não conversava com patrimônio, então o sistema não se deixava entender. Unificamos estes sistemas e agora queremos modernizar mais ainda a Prefeitura, implantando um departamento de TI (Tecnologia da Informação), para assim poder avançar ainda mais. Estamos buscando recursos para fazer estas adequações, mesmo em um momento de crise. A falta de repasses e dessa modernização afeta o desempenho fiscal.

Qual sua proposta para a valorização do funcionalismo público? Sou funcionário, prestei concurso aqui em 1993. Fazia residência em Baurú e por Holambra ser perto de Lindóia, fiz o concurso aqui. Em termos financeiros, Holambra era a melhor cidade da região. Passamos por muitas crises, o que afetou a realização de concursos. Temos que respeitar a lei de responsabilidade fiscal, mas assumi um compromisso. Mesmo a cidade estando destruída quando assumimos, mandei para a Câmara um projeto para termos reposição anual de salário para o funcionalismo público. Foi uma atitude que tomei como servidor. Queria ter avançado ainda mais, colocamos o vale alimentação, fizemos a reposição, que foi de mais de 30%. Nunca houve algo assim em Holambra. O que está no plano de governo é a implantação de um piso mínimo e um plano de carreira que abranja todas as categorias da Prefeitura, já que na gestão passada foi feito apenas na área da Educação. Todo plano que você faz aumenta o percentual da folha de pagamento, e se você não criar uma situação muito sólida, pode prejudicar outros setores das Prefeitura. Se tomar uma decisão, ela tem que ser feita a longo prazo. Com o reajuste de 30% nós conseguimos dar uma reagida, mas ainda é um dos piores salários de toda RMC. Vamos trabalhar para que as pessoas que entrarem possam entrar bem e quem for se aposentar se aposente bem.

A concessão da água de Holambra foi realmente necessária? Não tenho dúvida de que fizemos uma escolha certeira. O sistema que utilizávamos tinha 60 anos ou mais. Muitos investimentos terão de ocorrer. Nós fechamos uma concessão onde, se por ventura Holambra cair na mão de gestores que não dão atenção ao saneamento, poderíamos estar no caos novamente. Com essa concessão, nós teremos condição de investir. Holambra é uma cidade pequena, então essa concessão não serve para fazer a empresa lucrar. Hoje o custo para o município da água e esgoto não é o mais caro da região, e todo aumento será acompanhado por nós e pela agência reguladora. Fazia seis anos que não se reajustava a água. Se você deixa de aplicar um reajuste a fim de não causar um descontentamento na população, uma hora alguém precisa tomar a atitude responsável de reajustar devidamente. Pode ser uma medida não tão popular, mas tenho certeza que com o tempo fica claro que é o certo a se fazer.

Atualmente, diversas cidades da região dispõem de transporte para estudantes que cursam faculdade em outros municípios. Existem projetos que contemplem os universitários e os estudantes do município? Os estudantes que frequentam universidades fora do município já recebem uma ajuda no transporte. O município banca 50% do transporte, utilizando o critério socioeconômico. Conseguimos 30% de desconto na FAJ, 30 % no Unasp e na Unipinhal. É bom esclarecer que alunos de Holambra têm o subsídio no transporte para Jaguariúna, Campinas, Pinhal e Engenheiro Coelho. O estudante precisa se enquadrar no critério socioeconômico para assim ajudarmos quem realmente precisa. Reforço que trouxemos o ensino técnico para o município perante uma parceria com o Pronatec, com cursos de enfermagem, agropecuária e hotelaria. Agora queremos ampliar, já temos cursos sendo montados para o ano que vem, pensando principalmente nos novos hotéis que estão vindo. São cursos voltados ao comércio turístico e logística. Vamos trabalhar para firmar parcerias tanto com o Estado como com instituições privadas. A ideia é que com a Faculdade das Flores, consigamos fortalecer o Turismo e a Gastronomia. É o que venho falando, você dizer que está fazendo Turismo ou Gastronomia aqui em Holambra tem um peso diferente. Esse pensamento nós temos de maneira muito forte para os próximos anos.

IMG_07203-1472679757

Como você avalia a Saúde Pública de Holambra? A Saúde é uma área de que gosto muito. Repito sempre que ela é o bem maior que um cidadão tem, a maior riqueza. A pessoa pode ter um caminhão de dinheiro, sem saúde não adianta. É uma das áreas que nós mais investimos, e não só na parte de construção de prédios, investimos para dar segurança e treinamento ao profissional, para que este possa atender bem a população. Não é fácil trabalhar na Saúde. Nestes 26 anos que estou na Saúde já convivi com todas as áreas. A maioria que precisa da Saúde procura alguém que resolva seu problema, é a área que funciona por 24 horas. Hoje, se você entrar em nossos departamentos de saúde você vai encontrar uma equipe em que a maioria é treinada e está há mais de dois anos, fomos lapidando os profissionais que aqui trabalham, dando cursos de capacitação para que todos tenham um bom atendimento. No que cabe ao município, nós cumprimos.

A construção de casas populares era uma de suas prioridades durante a campanha feita em 2012. O que houve com esses projetos? Eu preguei algumas bandeiras desde o início de minha gestão. Fizemos a inscrição e todas as partes técnicas. Eu sei da necessidade de Holambra, trabalhei nas campanhas do Celso, visitei muito, sempre fui um diretor que ia aos bairros e conversava. O último projeto social deste tipo foi em 1996. De lá para cá não houve mais nenhum projeto habitacional. Holambra teve um problema na cooperativa em 1995, cooperativa essa que era toda das terras do município. Ela entrou em liquidação e até hoje a maioria das terras aqui pertencem ao INSS e Banco do Brasil, e eles estão renegociando a dívida porque é praticamente impagável. Acredito que as terras logo vão ser acertadas e vão sair deste problema de dívidas com bancos e Receita. Não conseguimos muitas terras que estávamos trabalhando, até que encontramos algumas terras no Imigrantes, conversamos com seus donos, a Caixa já estava a par, mas na hora que foi para registro no cartório, a certidão vintenária, que pega a vida dos donos desde vinte anos atrás, foi constatado que um dos donos lá atrás tinha problemas com dívida, e com isso não pudemos liberar a área. Hoje este problema está solucionado. Houve, após este período, todo um processo de regularização da área para podermos aprovar o loteamento. Nosso projeto já está registrado na Caixa, aguardando liberação. Fizemos uma seleção dos moradores e mostramos ao IBGE a necessidade do município. No cadastro habitacional de Holambra, a demanda é muito maior na faixa 2 do que na faixa 1. Como nós caminhamos muito no primeiro projeto até encontrarmos o problema com o proprietário (que já foi solucionado), passamos a trabalhar outros projetos. Fizemos a parceria com empresários, conseguimos aqueles lotes no Imigrantes, onde conseguimos atender 90 famílias, que puderam financiar seu lote. Conseguimos dar uma vazão na lista de pessoas que necessitavam. Não ficamos simplesmente parados vendo o problema, tentamos encontrar opções. Outra situação foi uma área, indo para o Palmeiras, que é da Prefeitura e não tínhamos a escritura. Conseguimos a legalidade definitiva da terra no ano passado e já mandei para a Câmara, para a aprovação, o projeto para loteamento, que pretendemos que saia a preço de custo, visando a faixa 1, que possui uma renda familiar menor. No total, nosso projeto prevê 177 casas na faixa 2 e 149 na faixa 1.

No primeiro semestre deste ano, 18 casos envolvendo violência contra mulher foram registrados em Holambra. Quais medidas você pretende adotar para combater este problema? Nós estamos trabalhando em conjunto com a Polícia Militar, Civil e Guarda Municipal, principalmente na conscientização das famílias. Eu falo que o problema maior que enfrentamos nesta questão é familiar. Acredito que podemos melhorar todas estas situações. Temos muitas pessoas que vêm de fora de Holambra, as vezes do norte e nordeste, que passam por uma dificuldade quando chegam ao município. As vezes encontramos casas com dez, doze pessoas. Neste problema entra muita coisa, pode ser álcool, problemas familiares e uma série de outras questões. Uma maior qualidade de vida para o cidadão de Holambra pode fazer com que a violência doméstica diminua. A Prefeitura já realizou programas de conscientização voltados à questão da denúncia, que pode fazer com que a denúncia aconteça e assim os problemas comecem a ser sanados.

Segundo dados do Observatório Metropolitano de Indiciadores (OMI), Holambra viu a frota de veículos crescer 94% em dez anos. Existe proposta para a área de mobilidade urbana? Nós concluímos o plano que vai entrar em discussão em audiência pública. Vamos agregar ideias da população para vermos como vamos trabalhar esta questão no município, como a falta de vagas e ciclovias. Estamos trocando as calçadas, visando materiais mais seguros e que não necessitam tanta manutenção. Estamos ainda engatinhando, mas tenho certeza que vamos chegar lá.

Qual é a menina dos seus olhos de sua administração? É sair na rua e olhar no olho das pessoas, poder andar de cabeça erguida. Procurei acertar e trabalhei muito para Holambra dar certo. Acho que mais acertamos do que erramos, esse é meu maior orgulho.

IMG_0906-1472679754


Comentários

Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.