06/06/2019

Dr Fernando e vereadores podem ter mandatos estendidos por mais 2 anos

Proposta tramita na Câmara Federal e pede que as eleições sejam unificadas

Da redação 

Ano sim, ano não, o brasileiro vai às urnas para escolher seus representantes. Uma elege políticos municipais e a outra contempla o âmbito estadual e federal. No entanto, uma nova PEC tramita na Câmara Federal a fim de que as eleições sejam unificadas. Isso significa que, uma vez aprovada, estas acontecerão de quatro em quatro anos. Caso ocorra, o atual mandado de vereadores e prefeitos deve ser prorrogado. O Portal Holambrense ouviu a opinião dos moradores de Holambra sobre o tema.

A Proposta de Emenda à Constituição, apresentada pelo deputado de Santa Catarina (SC) Rogério Peninha Mendonça (MDB), propõe que as eleições municipais aconteçam no mesmo período que as eleições gerais. De acordo com ele, a nova medida acarretaria uma economia aos cofres públicos na elaboração do pleito eleitoral.

Com isso, prefeitos e vereadores eleitos em 2016 teriam mais dois anos, como uma forma de equalizar as próximas eleições em 2022. “É preciso considerar o momento delicado que o país atravessa. Com a supressão do pleito eleitoral de 2020, a classe política, livres dos encargos inerentes às campanhas eleitorais, poderá concentrar-se nas Reformas que a república tanto precisa”, ponderou o deputado enquanto apresentava a proposta.

O morador Fernando Lage Bastos é a favor da alteração. “Se gastaria menos e, também, diminuiria o transtorno gerado pelas eleições, como carro de som, falta de aula nas escolas e toda a programação feita para votar”, argumenta. Além disso, Bastos ainda acredita que um problema bastante comum no país seria evitado. “Isso iria evitar que os eleitos deixem seus cargos na metade do mandato para concorrer a outros cargos, deixando o vice que muitas vezes não tem a menor qualificação para isso”, acrescenta.

Siegmar Zech da mesma forma crê que a alteração seria benéfica. “Sou favorável, tudo junto e com mandato de seis anos e se reeleição para cargos do Executivo e no máximo duas eleições para políticos do Legislativo”, opina.

Já a moradora Diana Santos Nunes se diz contrária à decisão. Ela acredita que a mudança pode confundir o eleitorado. “Uma pessoa que propõe um negócio desse não tem muita noção de como funciona o processo eleitoral, muita gente que vai votar nem sabe que é preciso escolher dois senadores e não conhece as opções para deputado estadual”, comenta. Diana já foi mesária em eleições e sempre observou o comportamento dos eleitores. “Ao meu ver, com a mudança a população vai ficar mais vulnerável e votar como gato”, encerra.

Ainda não há prazo para que a PEC seja votada pelo Poder Legislativo.

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