20/08/2020

Correios em Holambra continua funcionando em meio à greve geral no país

Correios segue operando em todo o país com 83% do efetivo

Da redação

Desde a última segunda-feira (17), funcionários dos Correios decidiram fazer uma greve geral em todo o país. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT), não há prazo para o fim da paralisação na estatal. Apesar da ação, a empresa pública segue operando em todo o país, com 83% do efetivo. Em Holambra, os serviços mantêm-se normalmente.

Um levantamento parcial, realizado na manhã desta quarta-feira (19), mostra que 83% dos 99 mil empregados prosseguem trabalhando regularmente. Segundo os Correios, as agências, serviços como consulta Limpa Nome Serasa, Achados e Perdidos, e agora, mais recentemente, a consulta para o Auxílio Emergencial, estão disponíveis à população. A postagem de cartas e encomendas, inclusive SEDEX e PAC, continua sendo realizada e as entregas estão ocorrendo em todos os municípios.

Para minimizar os impactos à população, diante a paralisação parcial dos empregados, a empresa reitera que já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.

Entenda o motivo da greve

Correios decidiram fazer greve geral em todo o país, pois declaram que não houve acordo na proposta de reajuste salarial em trâmite. Para os funcionários, a greve precisa acontecer para que seus direitos sejam mantidos. Eles alegam perda de benefícios e também se colocam contra a privatização da estatal.

De acordo com texto publicado no site da federação, “foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras”.

Posicionamento dos Correios

Os Correios informaram ter colocado em prática o Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos da greve na vida da população.

Conforme divulgação da empresa pública, a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. “Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida’, afirma.

A estatal reitera dizendo que a proposta da empresa, que tem respaldo da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como das diretrizes do Ministério da Economia, não retira nenhuns direitos dos empregados. Apenas promove adequações aos benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado.

Despesas com benefícios não previstos em lei, como o Vale Cultura, seguem na ordem de quase R$ 4 milhões mensais. O Vale Extra, também não coberto pela CLT e pago a cada empregado, custa aos Correios R$ 104 milhões anuais.

Em nota, declara que os trabalhadores continuam tendo acesso ao benefício do auxílio-creche, para dependentes com até 5 anos de idade. Os tíquetes refeição e alimentação também permanecem sendo pagos, conforme previsto na legislação que rege o tema, sendo as quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada empregado: 22 tíquetes para quem trabalha de segunda a sexta-feira e 26 tíquetes para os empregados que trabalham inclusive aos sábados ou domingos.

Estão mantidos ainda – aos empregados das áreas de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento –  os respectivos adicionais.

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