30/06/2016

Conselho Regional de Medicina investigará suposta falha médica em Holambra

Família de Ângelo Ribeiro de Moraes, morto após acidente no Bairrinho, acusa unidade de saúde de negligência médica.

Da Redação

Após denúncias ao Portal Holambrensefeitas por familiares do paciente que morreu na Policlínica de Holambra , o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou que abrirá sindicância para apurar o caso ocorrido no último fim de semana na unidade de saúde. Familiares alegaram suposto equívoco durante procedimento. Na ocasião, o morador do Bairrinho morreu enquanto esperava ser transferido para um hospital. Especialista diz que, caso haja comprovação de alguma falha no atendimento, a família pode ser indenizada. Até o momento, a prefeitura não se manifestou sobre o caso.

Na terça-feira (28), após o Portal Holambrense publicar matéria sobre o assunto, a Cremesp informou que o Conselho encaminhará as denúncias para abrir uma sindicância e apurar os fatos. “Trata-se da etapa preliminar para averiguação dos fatos denunciados, coleta de provas (prontuários, receitas, laudos e outros documentos), manifestação escrita e, sempre que necessário, audiência com os envolvidos”, revela o órgão.

Caso seja comprovada alguma negligência médica adotada durante o atendimento da vítima, o processo segue para uma segunda fase. “Se, durante a fase de sindicância, forem constatados indícios de infração ética médica, que consiste no descumprimento de algum artigo do Código de Ética Médica, passa-se à segunda fase: a instauração do processo ético-profissional”, explica a Cremesp. O Conselho Regional informou que a fase de sindicância leva de seis meses a dois anos para ser concluída.

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 Inconformados com procedimentos adotados por alguns profissionais da Policlínica de Holambra, familiares e amigos da vítima apontaram supostas falhas que podem ter resultado na morte do auxiliar de serviços gerais, Ângelo Ribeiro de Moraes. “Falaram pra gente que estavam esperando vaga, mas não sei para onde eles iriam levá-lo”, relembra Antônio Moraes, amigo da vítima. Além da suposta falha na transferência de Ângelo, familiares alegam que os médicos se equivocaram nos procedimentos de exames aplciados no atendimento ao acidentado.

“Eles mandaram fazer o raio X da perna e disseram que não tinha risco dele morrer”, afirma a irmã da vítima, Rosa Ribeiro. Amigos da vítima também se mostraram indignados com o atendimento. “Onde já se viu um atropelado ter somente raio X e não fazerem um exame mais detalhado”, lamenta Moraes.

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O advogado especialista em Direito à Saúde, Luciano Brandão, indica que há possibilidades da família ser indenizada com o ocorrido. “A família, caso deseje questionar eventual falha no atendimento, deve como primeiro passo solicitar formalmente cópia integral do prontuário médico (onde ficam registradas todas as condutas adotadas)”, orienta Brandão. “Com a documentação em mãos, caso a questão seja levada ao Judiciário, poderá ser determinada a realização de perícia para apurar se as condutas no atendimento foram adequadas ou não do ponto de vista técnico. Se for constatada falha no atendimento, a família poderá ser indenizada”, conclui. A equipe do Portal Holambrense tentou entrar em contato com a prefeitura de Holambra, mas até o momento o Executivo não se pronunciou sobre o caso.

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Entenda o caso:

Família acusa Policlínica de Holambra de negligência após morte de paciente

 

 

 

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