Conheça a adolescente de Holambra que está na disputa pelo Miss São Paulo Infanto-juvenil
Alana Enout Nascimento fala sobre os desafios da nova rotina de miss com apenas 11 anos.
Leonardo Saimon
Apesar de tímida, ela esbanja simpatia. Alana Enout Nascimento tem apenas 11 anos, mas anda pelas ruas de Holambra com seu vestido preto e semblante de realeza. E não é por menos. Em abril deste ano a mineira de coração holambrense ganhou num concurso em São Paulo o título de miss infanto-juvenil de Holambra. Os olhos castanhos refletem o sonho que a jovem acalenta de ser modelo profissional. E graças ao Concurso Oficial Miss São Paulo Infanto-Juvenil, ela já vive essa realidade. “A gente viu o concurso em um panfleto e resolveu se inscrever”, revela Alana.
Antes disso, o contato com o mundo da moda não era tão intenso, mas foi nas passarelas que ela encontrou o desejo de seguir neste universo. Aos nove anos, Alana veio para Holambra, mas depois de um ano a família decidiu voltar para a cidade natal, Itajubá (MG). Mas que falta fazia a Cidade das Flores na rotina dos mineiros. Foi então que há dois anos, eles resolveram retornar ao município. Hoje Alana mora no bairro Camanducaia e está se adaptando não somente com a cidade, mas com sua mais nova responsabilidade de miss.
Naquela manhã de entrevista, quando o sol brilhava tão timidamente como o jeito de Alana, a mãe, Liliane Enout, comenta da falta de incentivo que recebe da cidade e principalmente das autoridades holambrenses. Alana e a mãe até fizeram o esforço de conseguir o apoio da prefeitura, mas talvez pela falta de tradição da cidade em ter uma miss que represente o município no estado de São Paulo em um concurso desse porte, as tentativas em dialogar com o prefeito foram minguadas. “A gente tentou contato via assessoria, mas até o momento eles não nos retornaram”, desabafou Liliane enquanto olha com orgulho para a filha, que apesar de não receber reconhecimento local ainda persiste em carregar o nome da cidade.
Todavia, nem os contratempos foram tão grandes quanto a determinação da adolescente em tentar vencer o concurso e conseguir o tão sonhado título de Miss São Paulo na categoria infanto-juvenil, e conquistar, quem sabe, a faixa de miss nacional. Já Liliane sonha tão alto quanto a própria filha, por isso ela precisou ser bem mais que mãe e se tornou uma assessora. “Eu nunca imaginei que ela fosse ganhar, mas agora a gente está levando bem a sério”, confessa a mãe.
Esse suporte familiar tem ajudado Alana à galgar mais longe, chegar em lugares que nunca imaginou estar e receber oportunidades que tem mudando a rotina da miss juvenil de Holambra. A própria Alana também não imaginava que receberia o título. “Eu concorria junto com outras duas amigas, e quando eles anunciaram que eu venci fiquei muito feliz”, relembra.
Agora, as coisas seriam diferentes, foi o momento em que Alana e a mãe decidiram que deveriam investir ainda mais na carreira da filha. O padrasto também comprou a ideia e tem sido um grande incentivador na carreira da menina. Mas é nos bastidores e com emoção, que a mãe revela as qualidades da filha que vão além da beleza. “O sorriso dela e o olhar diferente. Ela é muito amiga”, descreve Liliane entre sorrisos de afeto.
Engana-se quem pensa que o tributo não vem atrelado de responsabilidades. “Eu preciso passar uma boa imagem porque represento a cidade”, explica Alana. Isso inclui ter bons rendimentos escolares e ser disciplinada. O desafio, porém, estar em conciliar os compromissos que a jovem herdou junto ao título. “Eu faço aulas de modelo às quintas à noite”, lembra ela. Desfiles, concursos e uma vida movimentada tem se tornado um hábito corriqueiro no dia-a-dia da adolescente. Longe dos holofotes Alana, como grande parte da sua geração, adora se distrair com o celular. Mas quando viaja para o interior, ela tira tempo para cavalgar. “Ela ama cavalos”.
Na escola, Alana é recepcionada como miss. Ao entrar pelos portões da escola Ipê os amigos logo gritam: “Olha a miss!”, fazendo questão de lembrar a jovem do título que ela carrega. Contudo, a Alana acredita que a garotada de sua idade, pode ir tão longe quanto ela foi e vê em sua experiência uma forma de incentivo aos demais adolescentes que também são sonhadores quanto ela. “Que eles vivam o sonho e nunca desistam deles, elas vão conseguir também”, ressalta.
Comentários
Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.