Bazar beneficente é exemplo de solidariedade em Holambra

Da redação 

A caridade é um dom. Em Holambra, não faltam exemplos desta prática que comemora seu dia nesta quinta-feira (19). Neste ano, o Portal Holambrense vai mostrar um dos muitos casos de pessoas que dedicam tempo para ajudar as outras de maneira voluntária. É o bazar beneficente, realizado no Palco das Rosas, ao lado da Igreja Matriz, todas as quintas-feiras das 15 às 19 horas.

Adaleia Esperança leva em seu nome o otimismo que carrega todos os dias em suas atividades. Aos 53 anos (e em Holambra há 36), a moradora se divide entre diversas funções. Atualmente, ela trabalha na Pastoral da Saúde, mas foi ano passado que o bazar beneficente ensaiou suas primeiras atividades. Um outro bazar era realizado no centro da terceira idade, de quatro em quatro meses, mas Adaleia sabia que não era o suficiente.

“Nós vimos a necessidade de auxiliar estas pessoas que muitas vezes estão necessitadas, e foi aí que surgiu o projeto deste brechó”, conta. Foi quando o bazar se instalou no Palco das Rosas definitivamente. Atualmente, são 25 pessoas que auxiliam a Pastoral da Saúde, e seis no bazar, de maneira totalmente voluntária. “Atendemos, além das roupas, com fraldas, cadeiras de rodas e outros objetos do gênero”.

Os produtos comercializados no bazar são oriundos de doações, fundamentais para a continuidade do projeto. “O pessoal ajuda muito, recebemos de Holambra inteira”, afirma. “Até cama hospitalar nós temos para ajudar os doentes”. Os preços das peças varia, mas se mantém dentro da acessibilidade. Os produtos podem custar entre R$ 1 e R$ 25, dependendo do objeto.

Entre roupas, móveis e demais produtos, o bazar beneficente se mantém com a prioridade de oferecer estrutura às famílias mais necessitadas. “Tem muita gente que vem do Nordeste para trabalhar aqui, e essas pessoas, muitas vezes, vem sem nada. Eles já nos conhecem e nos procuram. Colchões, camas, guarda-roupas, fazemos o possível para ajudar”.

Adaleia esclarece ainda que qualquer pessoa interessada pode ser voluntária no bazar. “Qualquer um que tenha disposição. Não se ganha nada, mas é Deus que nos paga”, revela em tom de extrema gratificação. Quem deseja participar deve comparecer à Pastoral da Saúde e se inscrever.

Toda a renda do bazar é revertida como investimento para determinados produtos, como fraldas descartáveis, cadeiras de rodas e de banho, além de outras atividades que os voluntários exercem na Cidade das Flores.

Janaína Frade, uma das voluntárias do bazar, explica o que o serviço voluntário significa para ela. “Já me disseram que é muito difícil trabalhar voluntariamente. Hoje, cinco anos depois de começar a fazer isso, eu entendo aquela frase”, explica. “Muitas vezes bate o desanimo e a vontade de desistir. Mas, em muitas vezes, somos chamados para ajudar e quem acaba sendo ajudado somos nós mesmos”.

Janaína explica que o bazar é muito mais do que um simples brechó de produtos usados. “Ele nos mostra que precisamos estar sempre ativos e dispostos a ajudar o próximo. Minha mãe abraçou muito esta causa e o bazar também faz muita diferença na vida dela. Fácil não é, mas são estas coisas que nos dão motivação”, relata a voluntária. “O resultado e o reconhecimento das pessoas fazem tudo valer a pena”.

Adaleia também resume a importância da caridade e do serviço voluntário. “É uma experiência muito rica e uma retribuição, por parte de Deus, que você não acreditaria. Nos sentimos intermediários de Deus aqui na terra, a fim de ajudar o próximo”.

O bazar beneficente ocorre toda quinta-feira, das 15 às 19 horas, no Palco das Rosas, ao lado da Igreja Matriz. Todos são bem-vindos para adquirir os produtos e, principalmente, para ajudar ao próximo.

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