18/11/2016

Após um mês, família de homem baleado em Holambra cobra investigações

“Acho que não vai dar em nada”, lamenta a esposa da vítima

Leonardo Saimon

A família da vítima baleada durante uma tentativa de assalto em um dos bairros de Holambra pede justiça. Passado exato um mês desde o ocorrido, a esposa afirma que nenhum parecer policial foi dado às vítimas. O caso ocorreu durante a madrugada do dia 18 de outubro quando dois bandidos invadiram a casa de uma família no bairro Groot. Durante a ação, o homem, de 51 anos, recebeu um tiro e foi encaminhado para o Hospital Estadual de Sumaré onde ficou internado por três dias.

“Dois vizinhos, meu esposo e eu fomos chamados para prestar depoimento dez dias depois do ocorrido. Depois daí, nunca mais tivemos nenhum retorno. Acho que não vai dar em nada”, reclama a esposa da vítima.

Em conversa com a equipe do Portal Holambrense, a moradora do bairro Groot conta que, após o assalto, a família precisou reorganizar a rotina. “Eu ia aos sábados a Campinas para uma feira de artesanato onde eu vendia alguns produtos, mas não vou mais. Não deixo minhas filhas sozinhas em casa”, conta a decoradora que dependia desta feira para ter sua própria renda.

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Ela chora ao pensar nos transtornos emocionais que o susto acarretou nela e na família. Não só ocasionado pelo assalto, mas também pelo resultado médico. O marido ficou internado e, de acordo com o laudo, por sorte sobreviveu; já que o tiro foi de perto, quase à queima-roupa, e a cápsula da bala passou próximo a uma artéria.

Além disso, a mulher questiona os procedimentos da investigação e lamenta que este resultado ocorra de forma lenta.  Segundo ela, a polícia disse que não havia câmeras no local e que isso dificultava o trabalho de investigação. No entanto, a esposa da vítima acrescenta que conferiu as imediações e constatou a presença de câmeras de segurança em diversas casas e em um condomínio próximo.

Processo de investigações

A delegada de Holambra Juliana Belinatti afirmou que todo o procedimento em relação a investigação foi realizado e disse ainda que houve todo um trabalho por parte do policiamento do município. “A gente foi até o local com a perícia, foram coletados os vestígios do projétil. Ainda não veio o laudo da perícia, mas está dentro do prazo. Apreendemos um boné e ouvimos os guardas”, explica a delegada.

Segundo ela, a maioria dos casos segue uma linha de investigação, contudo as apurações esbarram nas limitações das informações cedidas pelas vítimas. “Nenhuma das testemunhas conseguiram identificar o veículo para que nós pudéssemos rastrear pela placa. No local, não existiam câmeras de monitoramento. Além disso, os indivíduos não eram conhecidos das vítimas”, completa Juliana.

Indagada sobre possíveis câmeras que haviam em residências próximas ao local, a delegada alega que as testemunhas cujos locais possuíam uma câmera foram conduzidos até a Delegacia do município, mas disseram que os equipamentos não estavam funcionando.

“A gente apurou por onde podia. Nós temos um relatório de investigação que não aponta ninguém e os laudos serão encaminhados para o promotor, mas as informações que recebemos foram poucas”, reforça a delegada.

O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Holambra.


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