Após dois meses, casos suspeitos de H1N1 em Holambra continuam sem resultado

Há cerca de dois meses, amostras de sangue de duas vítimas que morreram em Holambra com suspeita de H1N1 foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz. Contudo, até o momento os casos seguem sem confirmação. Ainda sem o resultado, Holambra intensificou a campanha de imunização. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo alega que a demora foi causada por conta do Ministério da Saúde que atrasou os repasses de materiais responsáveis por dar os diagnósticos. A União refuta as acusações e afirma que os kits foram enviados dentro prazo.

Em março deste ano, Holambra registrou a primeira morte por suspeita do vírus Influenza. Na ocasião, uma amostra de sangue da vítima foi enviada ao Instituto Adolfo Lutz para que o órgão desse o parecer. Na mesma época, outra pessoa também morreu com suspeita da gripe, após complicações respiratórias, enquanto estava internada em um hospital municipal em Jaguariúna. A vítima também teve o sangue coletado para que o instituto atestasse se a morte foi por conta do H1N1.  No entanto, até o momento Holambra segue sem os resultados dos exames. “Os resultados já deveriam ter chegado”, afirma a coordenadora da campanha de H1N1 na cidade Wilma Gomes que também estranha o atraso.

A Secretaria de Saúde alega que a demora foi causada por conta do Ministério da Saúde que atrasou os repasses de materiais responsáveis por dar os diagnósticos. A Secretaria também afirma que os kits enviados para o Estado de São Paulo foram insuficientes para atender a demanda de ocorrências. “Por causa de atrasos na logística os kits só chegaram na semana passada”, atesta. Contudo, o Ministério da Saúde refuta a acusação e explica que todos os materiais solicitados pela Secretaria foram enviados dentro do prazo. “Uma nova demanda foi solicitada para suprir possíveis ocorrências até o ano que vem”, corrobora a União.

Ainda sem o resultado, Holambra reforçou a campanha de vacinação contra H1N1 e superou a meta esperada para este ano. A cidade vacinou mais de três mil pessoas que fazem parte do grupo de risco. “A campanha continua somente para as crianças que precisam tomar a segunda dose da vacina”, reforça Wilma.