03/06/2016

Apesar de assaltos, Correios seguem sem segurança em Holambra

Preocupação surgiu após agência ser alvo de dois assaltos em menos de dois meses.

Da redação

Mesmo com os dois assaltos ocorridos recentemente na agência dos Correios de Holambra, o órgão segue sem funcionários de segurança no local. A limitação fez com que vereadores discutissem a possibilidade de disponibilizar um agente para evitar possíveis novos assaltos. Em nota a empresa afirmou que a política de segurança dos Correios prevê medidas de segurança em graus diferenciado por agência. Segundo advogado, não existe lei que obrigue as agências de Correios à providenciarem agentes de segurança.

Durante a sessão do dia 16 de maio na câmara dos vereadores, uma indicação foi discutida com o intuito de buscar uma alternativa para solucionar este problema. A indicação, a princípio, era para que os Correios se manifestassem sobre a falta de um agente de segurança no local. “A agência tem dinheiro em grande volume ali, se eu precisar sacar, R$ 200, R$ 300 ou até R$ 500 reais eu posso sacar; é como se fosse uma mini agência bancária”, argumenta o vereador Dennis Peters autor da indicação. “Caso a agência não se pronuncie eu irei apresentar um projeto de lei determinando que as agências da cidade tenham agentes de segurança”, enfatiza.

IMG_2686-Cópia-2_a070ac96654bcf9af035cb02be810a9adc43a5c4_7f8332db6beb3456de8adb5d2223c76ca57760f5

A preocupação surgiu depois que o local foi alvo de dois assaltos em menos de dois meses. O primeiro deles aconteceu em dezembro de 2015 e o segundo em janeiro deste ano. Apesar das ocorrências, o advogado Wellington Silva explicou que não existem leis em âmbitos estadual ou federal que obriguem estas agências a terem um agente de segurança, por conta do serviço que elas oferecem. “O papel principal dos correios é de prestação de serviços postais que está nas resoluções do banco central, os correios somente realizam serviços diversos”, corrobora o advogado. No entanto, ele também pontua que em casos de assaltos como o que ocorreu recentemente em Holambra, o cidadão é amparado por lei.

“Qualquer dano que o usuário sofra dentro do banco ou dos Correios, é de responsabilidade da instituição”, disse o advogado.

A agência dos Correios afirmou que existem medidas para coibir e evitar assaltos, contudo, tais medidas não podem ser identificadas “por ser assunto relacionado à segurança e para preservar a integridade dos empregados.” Quanto aos assaltos, os Correios afirmam que nessas circunstâncias alguns procedimentos são tomados.

“É importante ressaltar que a empresa realiza cotidianamente o monitoramento e a melhoria da segurança de suas agências e as ocorrências são imediatamente comunicadas aos órgãos de segurança pública (Polícia Federal, Polícia Militar) para as devidas providências investigativas”, conclui.

Indicação

Vale lembrar que o recurso usado pelo vereador é apenas uma indicação e não um projeto de lei. Silva esclarece as diferenças entre as duas ações. “Indicação é o instrumento legislativo aprovado pelo Plenário ou pela Mesa Diretora cuja finalidade é a de sugerir que outro órgão tome as providências que lhe sejam próprias. O Vereador pode provocar a Secretaria de Obras e a de Saúde que providenciem a reforma de uma unidade hospitalar, por exemplo. Já um projeto de lei é um tipo de proposta normativa submetida à deliberação de um órgão legislativo, com o objetivo de produzir uma lei.”


Comentários

Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.