26/09/2016

35° edição da Expoflora em Holambra foi bem-sucedida, diz organizador

Evento se despediu do público neste fim de semana.

Leonardo Saimon

Mais uma edição da Expoflora terminou, mas de missão cumprida. O número de público deve bater a meta do esperado e a resposta positiva do visitante fez com que um dos organizadores da Expoflora, Paulo Fernandes, declarasse que a edição deste ano foi bem sucedida. Ainda sem número exato de visitantes, Fernandes se mostra otimista e diz que a 35° edição da Expoflora deve bater meta de público. Os dados oficiais que apontam quantas pessoas compareceram ao evento devem sair somente daqui a 15 dias, mas o resultado espera ser promissor. Até o penúltimo fim de semana, pelo menos 250 mil pessoas já tinham passado pela exposição. A expectativa é que nos três últimos dias cerca de 50 mil pessoas visitasse o local e batesse a meta prevista.

“Nós trabalhamos muito e por isso a Expoflora tem o respeito do público. Nós acolhemos bem os visitantes e acredito que vamos atingir nossas metas”, destaca Fernandes. A proposta da edição deste ano visou aproximar o público do evento com o temas e paisagismo que aproximasse ainda mais a Expoflora do visitante. “Ainda é muito cedo para saber se este objetivo foi alcançado, mas eu acredito que sim. Porque a nossa intenção não é levar a Expoflora para dentro da casa das pessoas e sim flores”, explica o organizador.

O evento também trouxe consigo alguns ônus para o morador de Holambra como mostrado pelo Portal Holambrense nas últimas semanas. Readequações no trânsito de áreas centrais no município e lentidão nas estradas holambrenses geraram desconforto e afetaram diretamente o dia-a-dia do morador.  As vias de acesso interditadas devem ser normalizadas a partir da próxima terça-feira (27).  As mudanças foram feitas para receber as 300 mil pessoas a organização espera receber até o próximo domingo (25). A Expoflora também contou com o suporte das câmeras de videomotoramento que foram inauguradas no início de setembro para reforçar a segurança.

capa-chuva-de-petalas-1474381417

Para os produtores o evento serviu para que eles anunciassem as novidades no mercado a fim de contornar o cenário econômico difícil. Entre as novidades, o visitante pode conferir as mudas de plantas in vitro que conta com uma tecnologia capaz de cultivar diversas espécies em qualquer ambiente com pouquíssima manutenção e, até mesmo, sem a necessidade de rega. As mudas plantadas no gel de agar-agar (composição a base algas) desenvolvem-se num ambiente fechado, sem a necessidade de água e de exposição ao sol.

“Além de aproximar o ambientes do visitante, nós também queríamos aproximar o cultivo das plantas para a realidade desta visitante. Por isso nós usamos plantas de fácil manutenção e que pudessem ser reproduzidas na casa deles”, explica Karina Taccola, arquiteta responsável pela mostra de paisagismo da edição deste ano.

Mercado

As previsões, contudo, seguem animadoras para o camponês. O mercado de flores estima um crescimento de 6% a 8% para 2016 e faturamento de R$ 6,65 bilhões. Somente duas das cooperativas localizadas em Holambra, por exemplo, respondem por 40% da produção nacional.  Nos últimos anos, o faturamento do setor vem crescendo significativamente. Foram faturados R$ 5,7 bilhões em 2014 e R$ 6,2 bilhões em 2015.

Nada comparável, no entanto, ao crescimento de 12% a 15% registrado entre 2011 e 2014. A queda foi provocada por mudanças no comportamento do consumidor. No entanto, o presidente do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), Kees Schoenmaker, garante que o setor floricultor olha o futuro com confiança.

interno 2-1472737647

interna 1-1472736919

“A floricultura brasileira é um setor vibrante e nós olhamos o futuro com confiança. Acreditamos que a economia, nos próximos dois anos, estará ainda abaixo do necessário, e, neste sentido, os produtores já adotaram e continuam tomando medidas visando a redução de custos e limitando a expansão de suas produções. Para nós, `inovar’, a palavra de ordem no momento”, diz Schonmaker.

De acordo Kees Schoenmaker, o mercado brasileiro ainda apresenta um grande potencial de crescimento. “O consumo de flores no Brasil é de R$ 26,68 por habitante. É pouco, se comparado ao consumo na Europa, onde o consumo médio por habitante é R$150,00. Na Alemanha, o maior consumidor da Europa, o gasto médio por habitante chega a R$190,00. Assim, temos muito o que trabalhar para aumentar o consumo no país”, diz.


Comentários

Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.