05/06/2017

Polícia prende funcionária acusada de desviar R$ 300 mil de cooperativa em Holambra

De acordo com delegada, mulher usou dinheiro desviado da Cooperativa Agrícola de Pequenos Produtores Rurais (Cooperplantas) para adquirir bens pessoais

Leonardo Saimon

A Polícia Civil de Holambra prendeu uma mulher na manhã desta segunda-feira (5) acusada de desviar pelo menos R$ 300 mil da Cooperativa Agrícola de Pequenos Produtores Rurais (Cooperplantas). A, agora, ex-funcionária também teve os bens bloqueados e será levada para a Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu (SP).

Segundo a delegada Juliana Belinatti, as investigações vinham ocorrendo há cerca de três meses. “O advogado da empresa peticionou requerendo a instauração do inquérito policial. Ele apresentou o documento da auditoria o qual apontou que a pessoa que trabalhava com a parte financeira estava desviando dinheiro”, explicou a delegada, que também acompanha o caso.

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Juliana não descartou a possibilidade de que os valores em dinheiro sejam superiores aos R$ 300 mil apontados inicialmente pela investigação. Também foi cumprido mandado de sequestro de bens. “O Ministério Público verificou a disponibilidade junto com o juiz, que determinou a indisponibilidade dos bens e a prisão preventiva dela”, contou.

A delegada informou que a ex-funcionária foi conduzida à delegacia onde foi ouvida. Sem apresentar resistência, logo de início, a acusada confessou o crime. Dessa forma, ela vai responder por furto qualificado mediante abuso de confiança.

Cheque sem fundo

Delegacia 1-1496677837

A esposa do presidente da Cooperativa, Iraydes Filipini afirmou que os desvios vinham ocorrendo há cerca de um ano. Iraydes explicou que a indiciada, que trabalhava com as finanças da empresa, completava o valor extraviado com cheques sem fundos.

“O dinheiro entrava, mas ela sempre falava que não tinha dinheiro. Eu dizia para o meu marido: ‘cuidado que tem desvio’. Ela pegava o extrato do banco e conferia, a entrada e a saída batiam. Só que, no meio disso, ela fazia transferência para as pessoas e, dentro do mês, ela dava com o cheque sem fundos para bater o saldo”, detalhou Iraydes.

A Cooperplantas chegou a demitir funcionários e readequar questões relacionadas ao limite de crédito para tentar se sustentar. Além disso, alguns produtores quebraram por conta dos desvios da ex-funcionária. Os extravios eram feitos direto da conta da cooperativa para realizar pagamentos pessoais. Ela também fazia transferências para terceiros e pagava 10% do valor depositado para o dono da conta.

De acordo com a investigação, o dinheiro pagou viagens em cruzeiros, um terreno, aos menos dois carros e diversos bens de consumo pessoal como contas de cartão de créditos.

O advogado da cooperativa, Elis Anderson da Silva, disse que a empresa não dispõe de auditorias, porém asseverou que todas as medidas legais estão sendo tomadas pela empresa. Ao entrar com Pedido de Sequestro de Bens, Silva tenta recuperar parte do valor desviado pela indiciada.

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