03/03/2017

Paineira de Holambra sustenta história do município

Conheça a árvore que abrigava eventos do município e agora é monumento histórico

Leonardo Saimon/Diego Faria

Ao relembrar os momentos vividos, o imigrante e agricultor Jan Eltink foi tomado pela nostalgia que o acompanha continuamente e, também, por memórias que palavra alguma consegue exprimir. “Nós fazíamos muitos eventos sociais e até mesmo religiosos embaixo da Paineira. Ela nos abrigava porque não tínhamos um espaço para fazermos estes eventos”, pontuou. Em média anual, o holandês calcula que eram feitas entre seis e oito festividades no local.

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A frondosa árvore de longos galhos era tão antiga que sua origem antecedia, até mesmo, o período da imigração holandesa. Localizada na sede anterior da Fazenda Ribeirão, a Paineira centenária ficava ao lado de uma criação de gado. Assim, enquanto o tempo passava, a árvore ganhava novas atribuições herdadas por moradores locais e imigrantes.

A árvore histórica cobriu autoridades holandesas – príncipes, princesas, embaixadores e representantes – com sua pomposa folhagem. As festas, todavia, iam além das visitas pontuais de colonizadores ilustres. O localidade abrigava também festividades culturais, que ocorriam com frequência na pequena comunidade. Segundo Eltink, em uma programação, o número de participantes chegava a 300.

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De símbolo a monumento histórico

Com a expansão de Holambra, tais eventos ganharam novas localidades. O agricultor Eltink desmente a versão oficial de que um vendaval derrubou a árvore. “A Paineira já estava torta e prestes a cair. Então, certa vez, veio um vento, nem tão forte assim, e a derrubou”, disse. O fato é que a Paineira veio abaixo em 2005.

Após o incidente, uma comissão – que viu a árvore em tempos áureos – tomou uma decisão inusitada. Após deliberação, a Paineira se tornou peça do Museu Histórico e Cultural de Holambra. Assim, a função primordial desde então passou a ser a sustentação da história que a planta ajudou a construir. Posteriormente, o grupo enviou pedaços da árvore para uma serralheria em Artur Nogueira (SP) que a tratou com chumbo e enxofre, transformando a madeira em peça histórica.

Atualmente, pesando cerca de 50 quilos, a Paineira pode ser vista na entrada do museu. E, dentro dele, sustentando fotos e objetos que também resgatam o passado do município.

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