29/08/2016

O essencial é invisível aos olhos

Em 2015, O Pequeno Príncipe foi o livro mais lido no Brasil, e é fácil entender o porquê

“O Essencial é invisível aos olhos”. Essa frase é, talvez, uma das mais reproduzidas por quem já ouviu a respeito do livro ‘O Pequeno Príncipe’. Não é difícil se apaixonar pela história ou pela delicadeza com que o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry conduz o pequeno menino de cabelo amarelo por diversos momentos e questionamentos – e, o que é mais surpreendente, por questionamentos nada infantis.

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Além de um escritor, Antoine de Saint-Exupéry foi ilustrador e aviador. Produziu diversas obras dedicadas ao público jovial, sendo que a maioria delas teve grande influência da sua percepção sobre a importância das relações humanas, e é essa importância que o autor do livro adere no debate que faz sobre os sentimentos de amor, amizade, solidão ou perda, quando um jovem príncipe cai no planeta Terra e passa a vivenciar aventuras inusitadas.

A partir de memórias que o escritor tinha sobre suas excursões como aviador pelo deserto do Saara, a história levanta questionamentos delicados e que não são nem um pouco simples ou joviais. Na realidade, ‘O Pequeno Príncipe’ deveria ser lido muito mais pelos adultos do que pelo público jovem. O essencial pode ser invisível aos olhos, mas outras questões também podem, como por exemplo a imaginação, a confiança, a paciência, a esperança por mudanças, ainda mais por quem já tem maturidade suficiente para perceber que viver pelo que sentimos nem sempre é visto positivamente pela nossa sociedade mecanizada.

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Esta porção de sentimentos complicados de lidar, complicados de debater, são demonstrados de diversos modos ao longo da história, instigando reflexões em quem, às vezes e por certas razões, não percebe mais como é importante falar sobre o que é realmente essencial. Claro que ao ler o livro todas as respostas não estarão “na ponta da língua”, nem mesmo haverá solução para todas as dúvidas que nós, ao longo da vida, temos, porém, a sua leitura vale muito a pena do ponto de vista que te faz parar para enxergar a simplicidade de pequenas relações, como também a necessidade de ter o coração ou a mente sempre jovial, sempre dispostos em arriscar e buscar pelo melhor que podemos ser ou fazer pelos outros.

Acima de qualquer tentativa de explicar, com todas as minhas opiniões e pontos de vistas, é muito mais aconselhável, assim como o livro também acha, experimentar a leitura, provar de algo que pode não te acrescentar muito, mas que, com certeza, não irá te prejudicar também, visto que não é a inteligência que conduz o mundo, mas sim o espírito, as relações humanas.

E se a história te cativar, não se preocupe, ‘O Pequeno Príncipe’ pode ser lido quantas vezes seu coração precisar, quantas vezes mais você precisar para notar que “Só se vê bem com o coração”.

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Verônica Lazzeroni Del Cet é estudante de Letras na Unicamp


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