13/01/2018

Número de empresas em Holambra cai 8%

No período de um ano, empresas atuantes diminuíram de 744 para 684

Da redação 

O número de empresas atuantes em Holambra caiu 8% no último ano. De acordo com números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, 684 empresas funcionaram no município, contra 744 no ano passado. Segundo especialistas, os dados podem se relacionar ao período de recessão econômica que o país enfrenta.

Se analisados, os dados do IBGE mostram que esta é a primeira vez em cinco anos que o número de empresas diminui na Cidade das Flores. De acordo com o economista Sérgio Câmara, é natural que haja uma diminuição no número de empreendimentos. “Em um ano de crise, o microempresário é o primeiro a sentir os efeitos da recessão. Infelizmente, é assim que o mercado funciona”, explica.

A previsão para 2018, no entanto, é otimista. O mercado de flores estima um crescimento de até 9% para este ano e faturamento de R$ 7,2 bilhões. Em Holambra, cidade que responde por quase a metade (45%) da comercialização nacional, o crescimento previsto pelas duas cooperativas – Veiling e Cooperflora – deve ser ainda maior, em torno de 11%.

Nos últimos anos, o desenvolvimento do setor vem crescendo significativamente. Foram faturados R$ 5,7 bilhões em 2014, R$ 6,2 bilhões em 2015, R$ 6,65 bilhões em 2016 e, para este ano, a previsão de crescimento – em todo o país – é de 9%, com faturamento de R$ 7,2 bilhões .

Nada comparável, no entanto, ao crescimento de 12% a 15% registrado entre 2011 e 2014 . A queda foi provocada por mudanças no comportamento do consumidor. No entanto, o presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) é otimista. “A floricultura brasileira é um setor vibrante e olhamos o futuro do mercado com confiança. Mesmo com a economia em baixa, apostamos sempre em inovação. Para fazer frente à crise econômica, os produtores passaram a otimizar custos. A área plantada aumentou apenas 0,5% em comparação a 2016, mas os produtores também otimizaram as plantações e estão conseguindo produzir mais com a estrutura que já tinham”, explica.

Ainda segundo  Schoenmaker, o mercado brasileiro ainda apresenta um grande potencial de crescimento. “O consumo anual de flores no Brasil é de R$ 26,50 por habitante. É pouco, se comparado ao consumo na Europa, onde o consumo médio por habitante é de R$ 150. Na Alemanha, o maior consumidor da Europa, o gasto médio por habitante chega a R$ 190,00. Assim, temos muito o que trabalhar para aumentar o consumo no país”, finaliza.

O mercado de flores é uma importante engrenagem na economia brasileira, responsável por 199.100 empregos diretos, dos quais 78.700 (39,53%) relativos à produção, 8.400 (4,22%) à distribuição, 105.500 (53%) ao varejo e 6.500 (3,26%) em outras funções, na maior parte como apoio.

……………………………………..

Tem uma sugestão de reportagem? Clique aqui e envie para o Portal Holambrense.


Comentários

Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.