10/07/2016

Novo comandante da PM fala sobre combate intenso às drogas em Holambra

Adriano Souza é natural de Engenheiro Coelho e já atuou em diversas cidades da RMC.

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Na quarta-feira (29), Holambra recebeu oficialmente o novo comandante da Polícia Militar (PM). O sargento Adriano Souza, natural de Engenheiro Coelho (SP) conta em entrevista ao Portal Holambrense sobre a experiência que adquiriu ao longo de 10 anos na polícia e de que forma pretende trabalhar em Holambra. “Poder contribuir para a população, somar. Esse é sempre o foco. Somar para trabalhar em prol dos holambrenses”, reforça.

O sargento também comenta sobre quais as prioridades que pretende atender no município e de que forma esses objetivos serão alcançados. Na entrevista ele opina sobre o tema da descriminalização da maconha, relata qual o perfil que tem percebido do cidadão holambrense e afirma que pretende continuar o trabalho integrado do policiamento no município. Antes de atuar em Holambra, sargento Souza também trabalhou em outras cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC).

Conte um pouco de sua carreira até chegar em Holambra.  Eu entrei na polícia no ano de 2006, quando fui para São Paulo e fiquei lá durante o período de formação. Fui deslocado para Limeira, fiquei mais quatro meses. De Limeira fui para o Batalhão de Americana, o 19° BPM/I (Batalhão da Polícia Militar do Interior) onde fiquei por oito anos. Enquanto estive no Batalhão da BPM/I, fiquei por sete anos em Engenheiro Coelho. No início deste ano voltei pra São Paulo para fazer o curso de especialização e depois vim pra cá para assumir em Holambra.

Então você já está familiarizado com a RMC …  Sim, sim já trabalhei em várias cidades da região.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o principal crime cometido em Holambra é o furto. Qual trabalho preventivo seria essencial para coibir este tipo de delito? Pelo que eu estive conversando com os agentes daqui e fui informado de alguns que estão ocorrendo em áreas rurais. No domingo (3) por exemplo, foram recuperadas duas bombas hidráulicas produto de furto. Isso é uma situação complicada devido a área ser extensa. Mas a gente vem fazendo o patrulhamento rural intensivo justamente para coibir isso.

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Esses excesso de furtos no perímetro rural é por conta do alto número de habitantes nessas localidades? Não. Na verdade é porque na área rural existe mais vias de fuga existem muitas vicinais. Isso prejudica até mesmo fazer um patrulhamento preventivo. Como existem várias vias de fugas que dá acesso a várias cidades da região, como Cosmópolis, Artur Nogueira, Mogi então acaba sendo mais difícil.

Esses furtos são específicos em algumas áreas? Não, essas ocorrências não são específicas de uma área apenas. As vezes acontecem furtos em uma região, depois acontecem em outras totalmente opostas. É pouco índice, mas em áreas bem distintas.

Em uma outra entrevista, você comentou que uma de suas prioridades é a intensificação do combate às drogas. Por que você entende que está uma prioridade no município? O uso de entorpecentes ele, hoje, infelizmente, traz consigo outros delitos inclusive os furtos. E a gente quer evitar o furto na área urbana. Porque normalmente o usuário entra nas casas para furtar eletrodoméstico e eletrônicos, bicicleta. E acaba gerando uma sensação de insegurança pra população. E combatendo o uso você diminui outros delitos. Esse é o principal objetivo.

De que forma a PM pretende coibir esse tipo de delito? Por meio de abordagens. A abordagem é a melhor forma, só dessa forma você já coibi.

Os treinamentos e abordagens para combater o uso de entorpecente é o mesmo para cidades pequenas e grandes centros? Sim. A gente tem o procedimento operacional padrão que ele prevê a forma de abordar tanto o infrator da lei quanto o suspeito. Existem duas formas de abordagens.

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Você acredita que a descriminalização da maconha é uma pauta importante para diminuir esses números? Não. Eu acho que a descriminalização da maconha vai piorar. Porque hoje, o consumo sendo proibido, já é difícil o controle imagine se descriminalizar? A minha opinião é essa: é uma porta de entrada para outras substâncias de entorpecentes. A gente que trabalha coibindo esse tipo de uso consegue enxergar a dependência que a maconha causa na pessoa. Eu acho que a sociedade não está preparada para esse debate, tem que amadurecer mais um pouco e estar mais inteirada dos malefícios que ela traz de forma geral para a sociedade.

O sargento pretende continuar o trabalho integrado entre a guarda e as demais polícias? Sim, porque a parceria é tudo hoje. E pelo pouco tempo em que estou na cidade percebo que esta integração é efetiva entre a Guarda Municipal, Polícia Militar, Polícia Civil e prefeitura.

Em evento realizado pela Polícia Militar em Holambra o major Ricardo Augusto de Mello afirmou que Holambra é uma das cidades mais seguras do estado. Pelo pouco tem que você está aqui, se arriscaria dizer o porquê deste resultado? Eu acredito principalmente pela participação da população e empenho de todos. Um órgão não vai fazer diferença se não houver o empenho da PM, da Polícia Civil, Guarda Municipal e da população também. Sem essa integração a cidade não consegue alcançar esses resultados.

Hoje a PM de Holambra conta com qual efetivo? Essa informação é restrita. A gente não pode divulgar porque é uma informação estratégica. Mas além do efetivo que temos aqui, nós contamos com efetivo de outras cidades como Jaguariúna, a própria Mogi Mirim que é a sede da Companhia que vem sempre por aqui. Principalmente, por que Holambra é uma cidade turística.

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