30/03/2016

Morador de Holambra morre com suspeita de H1N1

Amostras de sangue estão no instituto Adolfo Lutz desde o dia 24. Laudo deve sair nas próximas semanas.

Por Isadora Stentzler

O morador de Holambra Silvio Aparecido de Oliveira morreu aos 47 anos na madrugada da última segunda-feira (28) em Jaguariúna com suspeita de H1N1. O holambrense estava internado há uma semana no Hospital Municipal Walter Ferrari, em Jaguariúna, e faleceu após uma insuficiência respiratória. O enterro aconteceu na tarde de segunda-feira (28) em Mogi Mirim e reuniu cerca de 200 pessoas. O laudo oficial da morte deve sair nas próximas semanas com confirmação ou não do vírus.

De acordo com informações de amigos próximos, Oliveira teria passado por duas consultas na Policlínica de Holambra devido a uma forte gripe. Já no domingo, dia 20, teria sentido fortes dores e sido encaminhado para o Hospital de Jaguariúna, onde foi internado. Como Oliveira era diabético foi tratado da doença primeiro e só no meio da semana foi cogitado a possibilidade de H1N1.

Procurado, o Instituto Adolf Lutz de São Paulo disse que as amostras de sangue de Oliveira deram entrada no local no dia 24 de março e que são analisadas como suspeitas de H1N1. Ainda de acordo com o instituto, o laudo oficial só deve sair nas próximas semanas.

O Hospital de Jaguariúna não quis comentar o caso.

Em nota, a prefeitura de Holambra informou que o Departamento de Saúde não possui nenhuma confirmação do vírus no município e que nos últimos cinco anos nenhum caso foi registrado. Porém confirmou que amostras de sangue de Oliveira passam por análises no instituto de São Paulo. “As causas da morte, ainda desconhecidas, estão sendo investigadas. O departamento aguarda resultados de exames encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz”, diz trecho.

A nota ainda ressalta a necessidade de cuidados dos moradores em relação a doença devido a casos recentes registrados  na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e destaca que “todas as consultas feitas na Policlínica Municipal seguem rigorosamente os protocolos padrões de atendimento”. Veja a íntegra da nota divulgada pela Prefeitura:

nota

SP

Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, de janeiro a 22 de março deste ano 324 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) atribuíveis ao vírus Influenza A (H1N1) foram registrados em SP. Desse total, 260 foram relacionados ao H1N1 com um total de 42 óbitos, sendo 38 relacionados a A (H1N1).

Em relação a 2015, 342 casos de SRAG foram notificados em todo o estado, sendo 190 relacionados ao tipo H3N2. Do total de 65 óbitos registrados em 2015, 28 tiveram relação com o H3N2. 

A assessoria da secretaria esclarece com isso que nem todos os casos de SRAG são de infuenza A H1N1. Ela também alerta que como toda a gripe deve ser tratada e que as vacinas previstas para serem entregues no final do mês devem ser adiantadas pelo estado, já que devem ser liberadas pelo Ministério da Saúde no dia 1º de abril.

H1N1

A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1 da influenza do tipo A. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína.

O período de incubação varia de 3 a 5 dias. A transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas. Ela se dá pelo contato direto com os animais ou com objetos contaminados e de pessoa para pessoa, por via aérea ou por meio de partículas de saliva e de secreções das vias respiratórias. Experiências recentes indicam que esse vírus não é tão agressivo quanto se imaginava.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) não há risco desse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius).

Como se trata de uma gripe, os sintomas são comuns e  incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas relatam diarreia e vômitos associados ao tipo de gripe. Porém, caso o paciente apresente febre alta acima de 38º, 39º, de início repentino, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço e inapetência é preciso cuidados especiais e a procura de um médico.

Para prevenção o melhor método é um estilo de vida saudável com lavagem regular de mãos, ingestão de muito líquido e evitar o contato com pessoas doentes.


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