Jovens de Holambra participam de construção de casas para famílias vulneráveis

Michael Harteman

Em meio aos diversos compromissos e metas que assumimos ao longo da vida e a correria para atingirmos nossos objetivos, é comum que nos concentremos apenas em nossos problemas. No entanto, olhar para o outro, perceber suas dificuldades e se dispor em ajudar, tem sido a realidade de duas jovens de Holambra. Jessica van der Geest e Marjolijn Vrolijk decidiram fazer parte de uma organização que tem como proposta construir casas para pessoas que vivem em locais vulneráveis, a Organização Não Governamental (ONG) TETO.

“Vi algumas publicações do TETO no Facebook e uma vez na faculdade passaram para explicar um pouco como era”, relembra Jessica. A organização está presente em todas as fases da construção de uma casa, desde o recolhimento do valor necessário, até a entrega do imóvel e cuidados com a família. “Eu conheci o TETO através de histórias de amigos e professores da faculdade, pois estudo arquitetura e urbanismo, onde o assunto da moradia e da desigualdade aparece bastante”, conta Marjolijn.

Marjolijn acredita que o momento mais marcante é o da coleta do dinheiro para a construção. “É engraçado, pois nos vemos do outro lado, pedindo dinheiro para as pessoas”, afirma. “Algumas pessoas reagem bem, outras não, isso me faz refletir, como eu reajo quando estou na situação oposta?”, questiona. Apesar das dificuldades, Jessica declara que o simples fato de participar é agradável. “Poder gerar uma mudança na vida de alguém é muito prazeroso, é uma troca, me sinto renovada e feliz de ter dado e recebido tanto amor e carinho durante os dias de construção”, comenta a estudante.

Outro ponto abordado por Marjolijn é a convivência com as famílias em situação de vulnerabilidade. Ela explica que esse contato faz com que a história de cada um possa ser conhecida e compreendida. “Uma das pessoas que eu tive proximidade era uma senhora tímida, porém, muito fofa e atenciosa, ela me contou sua história e já tinha até traficado drogas e tudo isso era consequência da situação que ela vivia”, conta a jovem.

 

Se depender da vontade dessas jovens, elas não irão se desligar da ONG tão cedo. “É muito bom pois todos estão juntos e trabalhando para ajudar alguém a ter sua própria casa”, conta Jéssica. Marjolijn complementa dizendo que aprende muito participando da ONG.

“É transformador, tanto para as pessoas que ganharam uma casa nova quanto para mim, aprendo muito sobre outras realidades e a me colocar no lugar do outro”, admite Marjolijn.

 

A ONG TETO está no Brasil há cerca de 10 anos. Os interessados em conhecer o projeto podem acessar o site da organização.

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