03/11/2016

Holambra zera taxa de mortalidade infantil em 2015

Fundação Seade registrou 213 nascidos vivos no município em 2015

Leonardo Saimon

De todos os municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC), Holambra foi a única cidade que zerou a taxa de mortalidade infantil em 2015, segundo dados disponibilizados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). A fundação registrou 213 nascidos vivos no município no ano passado, um aumento de 11,5% em relação a 2014, quando foram contabilizadas 191 crianças. Neste mesmo ano, ocorreram duas mortes.

A Prefeitura de Holambra afirmou que desde 2013 “oferece consultas agendadas com ginecologista e obstetra em todas as unidades de saúde do município” e que as gestantes também contam com a realização de exames periódicos como exigidos pelo Ministério da Saúde. A Prefeitura informou ainda que este resultado pode ser atribuído a serviços disponíveis no município como incentivo ao pré-natal, qualidade no atendimento nos serviços de maternidade, visitas para acompanhamento de crianças recém-nascidas, oferta de pediatria em todas as UBS e dedicação dos profissionais nas fases de gestação, parto e puericultura.

Esta queda, porém, não é um privilégio visto só em Holambra. Nas cidades que compõe a RMC, pelo menos 15 municípios apresentaram queda no índice de mortalidade. E no estado de São Paulo a mortalidade infantil caiu 65,7% nos últimos 25 anos. No ano passado, o estado registrou 10,7 mortes de crianças menores de um ano para cada mil nascidas vivas. Em 1990, o índice era 31,2 para cada mil.

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O governo atribui a redução ao aprimoramento da assistência ao parto e à gestante, ao incentivo ao aleitamento materno, à ampliação do acesso ao pré-natal, à expansão do saneamento básico e à vacinação em massa de crianças pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Os resultados divulgados pela Fundação Seade, anualmente, são produto de pesquisa realizada em 820 Cartórios de Registro Civil, que enviam mensalmente levantamento dos eventos registrados em todos os municípios paulistas.

O levantamento também mostrou que a principal causa de morte na primeira semana de vida está relacionada a complicações perinatais, ou seja, ligadas a problemas na gravidez, parto ou nascimento, que representaram 77,9% dos óbitos na fase neonatal (zero a seis dias de vida). As complicações perinatais também são a principal causa de mortes de crianças com menos de um ano (57,4%).


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