Holambra vê queda de 40% em admissões nos últimos dois anos
Praticamente todos os setores caíram em número de admissões.
Leonardo Saimon
O número de novos empregados em Holambra caiu – e caiu feio. A cidade registrou em agosto de 2016, somente 241 novas contratações. No mesmo período, em 2014, época em que se agravava a crise nacional, a cidade empregou 390 pessoas. A queda é de quase 40% em apenas dois anos. Praticamente todos os setores apresentaram saldo negativo de novos empregos. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O Ministério do Trabalho apontou que, nos oito primeiros meses deste ano, o município gerou 1.876 novos postos de trabalhos ante 2.402 em 2014, uma queda de 21%. Apesar disso, o desemprego segue em queda no município. Em agosto, 189 holambrenses perderam emprego o número 26% menor que os registrados há dois anos, que chegava a casa dos 257 desempregados.
O Ministério do Trabalho aponta que o setor que menos empregou foi o da Construção Civil. Somente quatro pessoas foram admitidas, seguido do Comércio e por fim o de Serviço. Apesar da situação difícil, o setor da Agropecuária foi o que teve o melhor desempenho de contratação. A área da Indústria foi a única que cresceu no mês de agosto, se comparado ao mesmo período em 2014, cerca de 55%.
Confira a variação de admissões e demissões na tabela abaixo:
Setor | Admissões (ago / 14) | Demissões (ago / 14) | Admissões (ago / 16) | Demissões (ago / 16) |
---|---|---|---|---|
Industria de Transformação | 45 | 46 | 70 | 33 |
Construção Civil | 42 | 17 | 4 | 8 |
Comércio | 52 | 39 | 35 | 19 |
Serviços | 57 | 29 | 50 | 31 |
Agropecuária | 134 | 124 | 82 | 97 |
Moradora de Holambra, há seis meses, Silvia Helena Silva conta das dificuldades que tem encontrado para conseguir um emprego na cidade. Ela imaginava que a cidade teria mais oportunidade, mas ficou desapontada. “Eu tentei vagas para a área de limpeza, mas não encontrei nada até agora. Estou tentando há meses, mas sem sucesso. Espero poder arranjar um emprego logo porque tenho filhos para cuidar”, lamenta a mineira.
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