03/01/2018

Dr. Fernando avalia pontos positivos e negativos do governo em Holambra

Em entrevista ao Portal Holambrense, prefeito comentou destaques do Executivo Municipal

Da redação 

Dois mil e dezessete foi um ano de muitas novidades em Holambra, a não ser pelo Executivo do município, que viu seu chefe, Fernando Fiori (PTB), assumir o Pleito Municipal como reeleito. Passados 365 dias desde que Dr. Fernando reafirmou o comando da cidade, o Portal Holambrense elaborou alguns questionamentos ao prefeito. Na pauta, assuntos como habitação e educação dividem espaço com alguns temas polêmicos, como a relação com os vereadores de oposição evidenciada por uma denúncia no Ministério Público (MP) por parte dos legisladores.

Confira a entrevista na íntegra:

Qual balanço você faz deste primeiro ano como reeleito? Encerro esse primeiro ano do segundo mandato feliz com as conquistas que obtivemos e com muita energia e otimismo para o ano que está chegando. Esse foi um ano duro, com grandes limitações financeiras para todo mundo. Mas foi também um ano de importantes avanços e vitórias para a cidade. O saldo é bastante positivo e estou muito animado para seguir trabalhando e conquistando novas melhorias para Holambra.

Qual você julga ter sido a maior conquista para Holambra neste ano? Alcançamos resultados positivos nas mais diversas áreas. A maior conquista foi, possivelmente, a realização do sonho de ter em Holambra uma instituição de ensino superior. Uma faculdade. A FAAGROH, primeira Faculdade das Flores do Brasil, é sem dúvidas um passo importantíssimo para o futuro da cidade. Também esse ano conquistamos pela terceira vez consecutiva a certificação ambiental do Selo Município Verde Azul. A melhor posição da história de Holambra. E isso é muito representativo. Em apenas cinco anos deixamos de estar entre as 30 piores cidades de São Paulo no que diz respeito à preservação ambiental para estarmos entre as 25 melhores. Na educação, obtivemos resultados muito positivos com grandes saltos em matemática e leitura na Avaliação Nacional de Alfabetização, mantendo o índice de escrita na idade certa acima dos 90%. Concluímos obras importantes, como a pavimentação da vicinal do Fundão, levando asfalto à porta de todas as creches e escolas de Holambra, nas zonas urbana e rural. Outros investimentos importantes como a nova creche do Groot, a nova unidade de saúde do bairro Jardim das Tulipas e o primeiro ginásio da escola Recanto das Palmeiras avançaram muito e deverão ser concluídos no primeiro semestre de 2018. Trouxemos o exame de mamografia, tão importante para a saúde da mulher, para mais perto das mulheres holambrenses. E chegamos a zerar a fila de espera em outubro, com o mutirão do Outubro Rosa. Temos muitas coisas boas para comemorar.

E a maior frustração? Não tenho frustrações. A gente sabe que não é possível fazer tudo o que sonhamos em tão pouco tempo. Mas não faltaram dedicação, trabalho e esforço. E acho que fechamos o ano com saldo muito positivo.

Algumas reclamações ainda permanecem na opinião dos holambrenses, como a habitação. Há algum projeto programado para o próximo ano neste aspecto? Sim. As unidades habitacionais da faixa 2 do “Minha Casa, Minha Vida” construídas no Borda da Mata, próximas à vicinal de acesso ao Camanducaia, serão entregues em 2018. Outras novidades nesse sentido também estão programadas para o ano que vem e serão anunciadas assim que possível, no momento mais apropriado.

O clima entre Executivo e Legislativo também é um ponto delicado no município. Como você vê as críticas dos vereadores de oposição? Acha que o real papel de vereador está sendo cumprido pelos legisladores (de oposição e de situação)? Acredito, em primeiro lugar, que temos uma boa relação com a ampla maioria dos vereadores. Todos, sem exceção, foram eleitos pela nossa coligação. Todos estavam conosco quando entenderam ser oportuno. A oposição, na minha opinião, quando é propositiva e apresenta críticas construtivas, é saudável para a administração e para a cidade. Mas não é isso o que acontece em Holambra nesse momento, infelizmente. O maior exemplo disso foi dado pela própria oposição em outubro desse ano, quando eles votaram contra um projeto de Lei que aumentará a arrecadação da cidade em mais de meio milhão de reais por ano sem gerar novos custos ao contribuinte. Como se explicam as críticas diárias à minha administração se, ao mesmo tempo, eles rejeitam uma proposta que irá nos ajudar a ampliar os investimentos nas mais diversas áreas? Fica claro que o bem coletivo e o bem da cidade estão em segundo plano.

Recentemente, uma denúncia de improbidade administrativa foi protocolada no Ministério Público por alguns vereadores do município. Como você vê as alegações feitas por estes legisladores? Acho lamentável que para alguns vereadores o exercício do mandato se limite ao ataque pessoal e permanente a pessoas. Esse, infelizmente, é o único recurso daqueles que não têm o que propor. Daqueles que não têm nada de bom para oferecer à comunidade. Não sou eu quem perde com isso, com o oportunismo político. É a cidade.

Com a chegada da Faagroh, Holambra entrou no mapa dos municípios que oferecem curso superior. Como você espera que isso influencie as demais cidades da região? Minha única expectativa é que isso tenha um impacto crescente e positivo para Holambra. A instalação da primeira instituição de ensino superior da cidade é um sonho antigo que comecei a construir há cerca de dez anos quando fui candidato a prefeito pela primeira vez. Não foi uma tarefa fácil. Foram anos e anos de dedicação. Mas nunca deixei de acreditar que chegaríamos lá. Cidades que produzem e que compartilham conhecimento se desenvolvem mais, com mais facilidade. Uma faculdade transforma a realidade de um município. Traz oportunidades para as pessoas. Amplia horizontes e perspectivas de futuro. É isso o que queremos para Holambra e é isso o que esperamos com a chegada da FAAGROH.

A Noeland trouxe quase 50 mil turistas ao município neste final de ano, porém alguns moradores reclamaram dos valores dos ingressos, dando a entender que Holambra se preocupa mais com os turistas do que com os moradores. Qual sua avaliação sobre estas opiniões? O morador de Holambra, é importante lembrar, tem o privilégio quase que exclusivo de poder curtir um evento familiar dessa grandeza gratuitamente, sem sair da cidade. Ou seja, o holambrense vê de graça uma festa que mais de 40 mil pessoas estão vindo de fora pra ver. E pagando pra entrar. Essa foi uma condição que nós propusemos desde o início aos organizadores para permitir a realização da Noeland em Holambra. Uma condição que demonstra com muita clareza com quem nós nos preocupamos realmente. Mas é natural que temas como esse dividam opiniões. E toda opinião tem valor e deve ser respeitada. A questão do turismo é controversa não apenas em Holambra, mas em todas as cidades com essa vocação. Somos cobrados, por exemplo, quando realizamos uma obra de infraestrutura turística ao invés de investir esse mesmo recurso em outro setor prioritário, como saúde e educação, que são mais importantes. É preciso esclarecer, em primeiro lugar, que os recursos do Turismo, que só recebemos porque somos uma estância turística, não podem ser aplicados em outras áreas. Isso não é permitido. Devemos lembrar também que a cidade aplica mais de 60% do seu orçamento em saúde e educação. Esses setores não ficam sem investimentos por conta do turismo. Pelo contrário. Os investimentos nessas áreas cresceram mais de 50% nos últimos quatro anos, em relação à administração anterior. As coisas boas que os visitantes encontram em nossa cidade por alguns dias, seja do ponto de vista estético ou de serviços, estão à disposição do morador o ano inteiro. E estou certo de que isso faz com que os moradores tenham muito orgulho de viver em Holambra.

Quais os principais planos do Executivo para os próximos três anos do seu mandato? Muito trabalho, novos projetos e desafios. Temos obras importantes previstas e em andamento. Temos novas ideias a serem postas em prática. Temos metas a serem alcançadas. Conversei recentemente com a equipe de diretores e reforcei que no segundo mandato a cobrança será dobrada. Tenho uma responsabilidade muito grande pois fui reeleito com mais de 80% dos votos válidos. Temos uma história para escrever e um legado para deixar nesses próximos três anos. E o único caminho possível é o trabalho.

E depois, quais os planos? Pretende permanecer na política? Se sim, como? Se não, o que pretende fazer? Costumo dizer que meu único objetivo é concluir meu mandato com a consciência tranquila de que fiz o que poderia ser feito e de que me dediquei ao máximo. De que deixarei para meu sucessor uma cidade melhor do que aquela que encontrei em janeiro de 2013. Temos ainda três anos de muito trabalho pela frente e é nisso que estou focado nesse momento.

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