11/06/2017

Diretor da Hortitec anuncia novidades para edição deste ano em Holambra

Renato Opitz assevera que seguimento tem sustentado a economia no país

Leonardo Saimon

Considerada a maior feira de Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas, a Hortitec já tem data e local marcado. A feira, que pretende bater recorde de público, ocorrerá de 21 a 23 de junho, no Pavilhão da Expoflora, em Holambra, e vai reunir as novidades em tecnologia para todos os elos da cadeia produtiva de flores, frutas, hortaliças, florestais e demais culturas intensivas de todo o Brasil e, também, do exterior.

Ao Portal Holambrense, o engenheiro Agrônomo e organizador do evento, Renato Opitz, assevera o desempenho expressivo que o seguimento tem despontado. Ele acredita que o país respira um momento menos difícil e a agricultura tem contribuído para isso. Para edição da Hortitec deste ano, Opitz anuncia as novidades e conta sobre a parceria com a Faagroh, também conhecida como a Faculdade das Flores.

A primeira faculdade do ramo no Brasil será lançada na quinta-feira (21) durante o primeiro dia do evento. Ao ser questionado sobre a estimativa recorde esperada de visitantes, Opitz responde adotando um tom modesto: “Sim, é um crescimento lento e continuo”, afirma.

Acompanhe a entrevista na íntegra:

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Renato, como você avalia o desempenho da Hortitec em 2016 num momento delicado na economia? Pelo fato de nós estarmos no ramo da agricultura, que foi um dos únicos setores brasileiros que não está vivenciando uma crise tão profunda, pelo contrário, tem apresentado um crescimento real e contribuído para que o PIB do Brasil não caísse tanto como nos anos anteriores e tenha, este ano, uma perspectiva de crescimento. E dentro do ramo agrícola, a parte de hortifrúti cresce e se desenvolve porque as pessoas precisam comer, é perceptível nas famílias uma preferência pela alimentação saudável. Hoje, você vê não só nas famílias, mas nas escolas e creches há também esta mesma preocupação. A necessidade do consumo desse produto aumentou muito, é um mercado enorme.

E para este ano, quais são as expectativas? As expectativas são bastante diferentes, há vários focos. Para o produtor que vem visitar a feira, ele está atrás de novidades tecnológicas para que ele possa diminuir seu custo de produção. Hoje, todos visam diminuir custos. Uma energia mais barata, automatizar algum processo, fazer melhores controles. As expectativas em termos de expositor, eles querem, na verdade, novos clientes. E o que acaba acontecendo é que se recebe visitantes não só produtores de hortaliças, de frutas, de verduras, mas também de outras produções que estão sendo cultivadas em ambientes protegidos, em estufas. Por exemplo, muda de café, muda de cana-de-açucar, produção de cogumelo. Esse pessoal também vem atrás de novas tecnologia. Se antigamente, o expositor vendia estufas para produtores de furtas e flores, agora ele pode vender estufa para mudas de eucaliptos, mudas de café. Ele começa abrir o leque de atendimento. E a nossa expectativa, como organizador, sabendo que o produtor não tem muito dinheiro para investir em grandes novos projetos, é procurar oferecer alternativas para que o produtor, de repente, substitua um produto pelo outro; temos agora não só produtos químicos, por exemplo, mas temos produtos naturais para combater pragas.

O que os visitantes podem esperar de novidades este ano? Eu diria assim, não algo super novo, cada um dentro da sua área vai procurando fazer melhorias. O que, talvez, seja uma novidade interessante é que tem uma empresa aqui de Holambra, a HC2, eles vão fazer levantamentos com os drones. Drones não são novidades, mas são muito utilizados. Então, os produtores, por exemplo, tem produção de melão no campo, tomate no campo; e o drone pode ser uma ferramenta rápida, barata de você poder fazer um acompanhamento. Ele não vai precisar andar três, quatro quilômetros para o campo adentro, ele manda o drone até o local. Praticamente, todos os expositores têm uma novidade de pimenta, pimentão, berinjela, tomate, muitas coisas novas. Tem pimenta doce, por exemplo, de um tamanho intermediário entre a pimenta e o pimentão, é algo diferente. Não só por conta da culinária, mas porque cada ano que passa muitas pessoas querem fazer a própria comida e/ou levando para o ambiente de trabalho.

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“A parte de hortifrúti cresce e se desenvolve porque as pessoas precisam comer, é perceptível nas famílias uma preferência pela alimentação saudável”


No ano passado, um dos critérios usados para selecionar os expositores eram os sistemas alternativos de energia. E neste ano? Uma exigência legal que a gente tá fazendo aos expositores este ano é para que eles não descartem material aqui. Todos os anos, os expositores vinham para cá e depois eles iam embora e deixam um monte de resto de stande, de material, que depois sobrava para o nosso lixo. Hoje, a gente coloca no contrato que a montadora tem que levar tudo embora. Para que nós tenhamos menos lixo possível e que acaba contribuindo para o meio ambiente.

Como você visualiza a relação da Hortitec com a Faculdade das Flores? Na verdade, a Hortitec traz aqui um público que é interessante para a faculdade. Tanto em termos de alunos em potencial, como também parcerias com empresas que estão expondo. Quando tiver a faculdade, serão necessários os experimentos e uma série de estações experimentais. Em torno de Holambra, foi se fortalecendo toda uma cadeia produtiva, desde a semente, passando pelas mudas, pelos produtores finais, parte de comercialização, atacadistas, como também a parte de pesquisas e agora a parte de ensino. Com isso você fecha todo um circuito da própria cadeia.

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Como que o morador de Holambra pode ser beneficiado com a Hortitec? Primeiro lugar, a divulgação positiva de Holambra. A gente gera fatos positivos, notícias positivas. A auto estima do cidadão comum de Holambra melhora porque se fala da sua cidade, e está se falando bem. Segundo ponto, nos últimos anos, com o desenvolvimento da Hortitec, muitas empresas que participaram da Hortitec decidiram mudar sua sede para Holambra. Com isso, gera empresas, gera empregos, gera tecnologia, gera conhecimento. Esta é outra vantagem positiva para o morador. Além disso, a Hortitec movimenta a parte de hotéis, agência de Turismo. Essa pessoas que vêm, voltam falando bem de Holambra.


“A Hortitec traz aqui um público que é interessante para a faculdade das flores”


A Hortitec pretende atrair 30 mil pessoas este ano. Você visualiza um cenário otimista para este ano? Sim, é um crescimento lento e continuo.

Quantos expositores são esperados para este ano? A gente está com 410 expositores mais ou menos. Não são 410 standes, são expositores. Porque as vezes num só stand você tem até quatro expositores que trabalham em parcerias.

Este ano, como você avalia o agronegócio e o mercado de hortifrúti? Este ano, tem sido um ano bom de várias maneiras. Primeiro que não só para agricultura, mas para a horticultura, o clima foi muito favorável. Tanto é que o Brasil, graças a isso, está tendo uma super safra de grãos e de quase todos os produtos. Quando se tem uma oferta muito grande de produtos, o preço cai. E isso para o consumidor é bom porque segura a inflação, aumenta a disponibilidade de oferta de produtos. Para a economia como um todo é bom porque se gera emprego, se gera renda e sem preços altos. Então, é a agricultura que tem sustentado toda a nossa economia.

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“A agricultura que tem sustentado toda a nossa economia”

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