Creche de Holambra funcionará no mês de julho

Leonardo Saimon

A Creche Therezinha Meirelles Kors, localizada no bairro Imigrantes, funcionará normalmente no período de julho. A Prefeitura de Holambra informou que a decisão se deu a partir de consulta feita às famílias que possuem crianças nas creches. Além disso, vereadores também pediram que a medida fosse adotada uma vez que, apesar do período de férias, muitos pais ainda trabalham e não têm onde deixar seus filhos. O diretor de Educação do município corroborou a necessidade de manter a unidade aberta.

O Executivo considera que, nesse período, o fluxo de crianças será menor e, por isso, parte do efetivo entrará de férias. Dessa forma, a escala de funcionários será organizada de acordo com o número de alunos. A Prefeitura também comenta que a escala será reorganizada ao longo do ano para que demais servidores, que trabalharem neste período, tenham férias. O funcionamento será semelhante ao período letivo.

Cido Urso (PTB) e Sitta da Fanfarra (PSDB) reivindicaram a medida nas duas últimas sessões e afirmaram que a cobrança advinha de pais que não tinham onde deixar os filhos. Eles agradeceram a decisão do diretor de Educação Amarildo Boer na sessão passada, o qual estava presente na plenária. Além disso, um abaixo-assinado corria entre os pais das crianças a fim de corroborar o pedido dos parlamentares.

“Consultamos as famílias e compreendemos a necessidade de mantermos a unidade aberta e em funcionamento no período de férias escolares. Vamos nos organizar para que isso aconteça. É uma prática comum. Procuramos trabalhar sempre com diálogo e bom senso, fazendo tudo o que é possível para oferecer aos holambrenses um bom serviço, que atenda às suas necessidades”, explica Boer.

Juliana Carvalho é diarista e mãe de um casal de gêmeos de dois anos e oito meses que frequentam a creche do bairro Imigrantes. Ela relata que, desde que colocou seus filhos na creche, sofre as consequências de ter que trabalhar enquanto as crianças ficam de férias. “Tenho que pagar para cuidarem deles nesse período e isso compromete meu orçamento”, explica.

A diarista diz ainda que não é possível tirar férias em julho e nem locomover os filhos para outra unidade, por isso tomou a iniciativa de, com a ajuda de outras mães, começar o movimento que buscava uma alternativa para melhorar a situação das famílias. “Entendo que as agentes precisam de férias, isso é um direito de todos. Apenas sou contra o fechamento da creche duas vezes por ano”, destaca. Juliana relata também que está satisfeita com o trabalho da creche e que fica feliz com o resultado do empenho da comunidade. “Parceria entre creche e família é quando todas as partes envolvidas não são prejudicadas. Agradeço a todos que ajudaram nessa luta, pois quem ganha é a comunidade”, finaliza.

O departamento municipal de Educação afirma ter optado pela continuidade do atendimento no período de férias a partir de levantamento feito junto aos pais de crianças matriculadas na unidade. A demanda se mostrou suficiente para a preservação dos serviços nesse período.

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