19/02/2017

Conheça a história do jovem de Holambra que é jogador do Guarani

Jovem começou treinando nas escolinhas de futebol da prefeitura

Michael Harteman/Leonardo Saimon

O sonho de ser um jogador de futebol é comum entre a garotada. Muitos se imaginam na Seleção Brasileira ao driblar objetos no quintal de casa. Há aqueles que enquanto correm e chutam a bola para lá e para cá, narram suas próprias jogadas. Essa é a realidade de Júlio Cesar da Costa da Silva, um holambrense que atualmente joga no time de base do Guarani Futebol Clube, de Campinas.

O zagueiro Júlio Cesar concedeu uma entrevista ao Portal Holambrense e contou sua trajetória e dificuldades até chegar no clube campineiro. Um jovem cheio de sonhos e que jamais desistiu de lutar por eles. Na entrevista, ele citou um momento em que algumas pessoas disseram que o sonho de se tornar um jogador não seria possível.

Saiba como Júlio Cesar superou esse momento e muito mais na entrevista:

Como surgiu o interesse em ser um jogador de futebol? Eu sempre quis ser jogador, jogar na seleção brasileira, jogar uma Champions League (Principal campeonato de clubes da Europa) ou nos maiores campeonatos do mundo, sempre foi meu sonho. Por isso comecei a treinar. Meu pai e meu irmão me levaram para escolinha. O professor da escolinha sempre me incentivou e falou que eu ia evoluir bastante, sempre me deu forças dizendo que eu poderia ser um jogador profissional. Eu via TV eu sempre soube que era isso que eu queria.

Como foi esse início? Quando meu irmão me levou para escolinha eu tinha sete anos, treinei na escolinha pública de Holambra até os 10 anos, foi ali que eu tive toda a minha preparação base, aonde aprendi os primeiros conceitos do futebol. Depois comecei a fazer testes nos times.


“Eu via os jogos pela TV e sempre soube que era isso que eu queria”


Hoje você está morando aonde? Atualmente estou morando em Holambra, no groot. Mas fico durante a semana no alojamento do Guarani, eu vou para a escola no período da manhã. Após o almoço vou para o treino, chego em casa umas 18 horas, janto, vou dormir umas 20:30 para descansar para o próximo dia.

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Com que idade você deixou de treinar em Holambra? Com 12 anos comecei a jogar pelo Primavera, de Indaiatuba (SP), joguei lá por dois anos e disputei um campeonato paulista. Com 14 eu fui para a ponte preta e agora estou no Guarani.

Como é sua rotina em Campinas? Você consegue conciliar os treinos com as atividades escolares? Consigo conciliar normalmente o meu dia a dia. É preciso ser focado, normalmente faço meus trabalhos escolares durante a noite. Estudo de manhã e no período da tarde eu treino. É uma rotina que a gente precisa levar a sério. Treinar agora no Guarani é diferente, a responsabilidade é maior, sempre joguei sério, mas no clube temos que estar bem focado. Hoje tenho tudo o que preciso no Guarani, uma boa alimentação, psicólogos, terapeutas, enfim. Toda a estrutura para que eu me concentre apenas em jogar futebol, estou muito feliz em estar no Guarani.

Hoje você tem um contrato com o Guarani? Hoje tenho um contrato de formação com o Guarani, agora fico na expectativa de mais para frente ter um contrato profissional, que pode acontecer somente depois dos 16 anos. Tenho que trabalhar bastante para mostrar para a direção que tenho condições de ir um dia para o time profissional.

Qual foi o jogo mais marcante para você? O jogo que mais me marcou foi contra a Ponte Preta, minha família é toda pontepretana. Além disso eu já joguei pela Ponte Preta e eles me desligaram, fiquei muito triste e chorei demais. Porém eu tive a oportunidade de enfrentar eles lá no estádio da Ponte. Esse jogo me marcou bastante, isso aconteceu no sub 13. Eu entro mais motivado em jogar contra a ponte, já é comum para mim, sei que tenho que lutar pelo clube que eu jogo, hoje estou no Guarani e torço pelo time.

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Quais são os seus maiores objetivos hoje? Meu maior objetivo é sempre buscar ser campeão sempre, e sei que estou jogando num clube que tem muita tradição e conhecido no futebol brasileiro, jogo para buscar títulos e um dia me tornar profissional. Quero também poder ser orgulho para minha família, que sempre me apoiou. Minha família toda é de Holambra, porém eles vão em todos os jogos, eles sempre me acompanham, já fiz jogos em são Paulo, contra o Corinthians, eles sempre estão presentes. Só teve um recentemente que não deu para eles irem, que foi em novo horizonte, mas normalmente eles sempre me acompanham. E também espero um dia poder jogar no Corinthians, é um time que sempre admirei, tem uma torcida muito legal, mas isso é mais para frente.


“Espero um dia poder jogar no Corinthians”


Você já foi desmotivado a jogar futebol? Quando eu era um pouco mais novo eu sofria um pouco, o pessoal achava que eu era muito gordinho para o futebol. Muitos diziam que eu não iria conseguir. Porém quando eu fui para Indaiatuba (SP) eu queria jogar o campeonato paulista. O professor chegou em mim e pediu para eu emagrecer, senão eu não jogaria a competição. Meu pai também chegou em mim e falou – É isso que você quer para sua vida? Então vá buscar – Lembro que nesse período ele começou a comprar um monte de coisas lights. Aí comecei a treinar mais forte, treinava das oito até as onze da manhã, esse treino forte me fez perder mais ou menos dez quilos.

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O que você mais gosta de fazer em Holambra? Em sempre gosto de retornar para a escolinha da cidade e rever os amigos. Outra coisa que gosto de fazer é acompanhar o treino dos meninos mais jovens, como eles estão começando gosto de dar uma força. É um prazer também reencontrar meus primeiros professores. Gosto de rever o Tica, Ele vem trabalhando já faz uns 20 anos pela prefeitura e desenvolvendo um bom trabalho. Sei que tem gente jogando até fora do país que já passaram pelas mãos dele. Ele foi muito importante na minha formação, enfim, gosto bastante de estar em Holambra.

Quais dicas daria um jovem que queria se tornar jogador de futebol? Acho que minha primeira dica é para os pais desses jovens. Sem o apoio deles é impossível. Tem alguns pais que acham que o filho nunca vai conseguir se tornar um profissional e deixa ele de lado. Acho que se a criança quer isso, é importante os pais levarem eles para testes, assim como os meus pais fizeram. Todo mundo tem que se esforçar bastante, se dedicar no que faz para realizar seus sonhos.


“Todo mundo tem que se dedicar e se esforçar bastante, se dedicar no que faz para realizar seus sonhos”


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