05/06/2016

Conheça a adolescente de Holambra que está na disputa pelo Miss São Paulo Infanto-juvenil

Alana Enout Nascimento fala sobre os desafios da nova rotina de miss com apenas 11 anos.


Leonardo Saimon

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Apesar de tímida, ela esbanja simpatia. Alana Enout Nascimento tem apenas 11 anos, mas anda pelas ruas de Holambra com seu vestido preto e semblante de realeza. E não é por menos. Em abril deste ano a mineira de coração holambrense ganhou num concurso em São Paulo o título de miss infanto-juvenil de Holambra.  Os olhos castanhos refletem o sonho que a jovem acalenta de ser modelo profissional. E graças ao Concurso Oficial Miss São Paulo Infanto-Juvenil, ela já vive essa realidade. “A gente viu o concurso em um panfleto e resolveu se inscrever”, revela Alana.

Antes disso, o contato com o mundo da moda não era tão intenso, mas foi nas passarelas que ela encontrou o desejo de seguir neste universo. Aos nove anos, Alana veio para Holambra, mas depois de um ano a família decidiu voltar para a cidade natal, Itajubá (MG). Mas que falta fazia a Cidade das Flores na rotina dos mineiros. Foi então que há dois anos, eles resolveram retornar ao município. Hoje Alana mora no bairro Camanducaia e está se adaptando não somente com a cidade, mas com sua mais nova responsabilidade de miss.

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Naquela manhã de entrevista, quando o sol brilhava tão timidamente como o jeito de Alana, a mãe, Liliane Enout, comenta da falta de incentivo que recebe da cidade e principalmente das autoridades holambrenses. Alana e a mãe até fizeram o esforço de conseguir o apoio da prefeitura, mas talvez pela falta de tradição da cidade em ter uma miss que represente o município no estado de São Paulo em um concurso desse porte, as tentativas em dialogar com o prefeito foram minguadas. “A gente tentou contato via assessoria, mas até o momento eles não nos retornaram”, desabafou Liliane enquanto olha com orgulho para a filha, que apesar de não receber reconhecimento local ainda persiste em carregar o nome da cidade.

Todavia, nem os contratempos foram tão grandes quanto a determinação da adolescente em tentar vencer o concurso e conseguir o tão sonhado título de Miss São Paulo na categoria infanto-juvenil, e conquistar, quem sabe, a faixa de miss nacional. Já Liliane sonha tão alto quanto a própria filha, por isso ela precisou ser bem mais que mãe e se tornou uma assessora. “Eu nunca imaginei que ela fosse ganhar, mas agora a gente está levando bem a sério”, confessa a mãe.

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Esse suporte familiar tem ajudado Alana à galgar mais longe, chegar em lugares que nunca imaginou estar e receber oportunidades que tem mudando a rotina da miss juvenil de Holambra.  A própria Alana também não imaginava que receberia o título. “Eu concorria junto com outras duas amigas, e quando eles anunciaram que eu venci fiquei muito feliz”, relembra.

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Agora, as coisas seriam diferentes, foi o momento em que Alana e a mãe decidiram que deveriam investir ainda mais na carreira da filha. O padrasto também comprou a ideia e tem sido um grande incentivador na carreira da menina. Mas é nos bastidores e com emoção, que a mãe revela as qualidades da filha que vão além da beleza. “O sorriso dela e o olhar diferente. Ela é muito amiga”, descreve Liliane entre sorrisos de afeto.

Engana-se quem pensa que o tributo não vem atrelado de responsabilidades. “Eu preciso passar uma boa imagem porque represento a cidade”, explica Alana. Isso inclui ter bons rendimentos escolares e ser disciplinada. O desafio, porém, estar em conciliar os compromissos que a jovem herdou junto ao título. “Eu faço aulas de modelo às quintas à noite”, lembra ela. Desfiles, concursos e uma vida movimentada tem se tornado um hábito corriqueiro no dia-a-dia da adolescente. Longe dos holofotes Alana, como grande parte da sua geração, adora se distrair com o celular. Mas quando viaja para o interior, ela tira tempo para cavalgar. “Ela ama cavalos”.

Na escola, Alana é recepcionada como miss. Ao entrar pelos portões da escola Ipê os amigos logo gritam: “Olha a miss!”, fazendo questão de lembrar a jovem do título que ela carrega. Contudo, a Alana acredita que a garotada de sua idade, pode ir tão longe quanto ela foi e vê em sua experiência uma forma de incentivo aos demais adolescentes que também são sonhadores quanto ela. “Que eles vivam o sonho e nunca desistam deles, elas vão conseguir também”, ressalta.

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