25/07/2016

‘A Língua de Eulália’ debate fenômenos da língua portuguesa

De maneira divertida e simples, o livro do escritor Marcos Bagno aborda a língua portuguesa e fenômenos linguísticos.

Aprender um novo idioma é desafiador, ainda mais porque a língua portuguesa é um idioma difícil de lidar, mesmo convivendo com ela diariamente nas escolas, em casa, numa roda de amigos ou em ambiente de trabalho. No entanto, existem alguns caminhos que podem auxiliar e sanar dúvidas de estudantes, sejam crianças começando a ter contato com a disciplina, sejam adultos já formados e que têm dificuldade para compreender certos fenômenos linguísticos.

Nós nunca teremos 100% de domínio do português, nem de nenhum outro idioma estrangeiro que temos vontade de praticar. Não é de se espantar que em redes sociais percebamos quantas pessoas cometem equívocos ao escrevem algumas palavras que apresentam uma espécie de confusão na hora da escrita. Por exemplo, por que palavras com dois “S”, ou “Ç”, ou ainda com “SC”, sendo que muitas delas parecem ter o mesmo som? Ou ainda, saber se a palavra é escrita com hífen, ou como ela é conjugada junto de determinado verbo, entre outras dúvidas que todos nós, falantes do português, enfrentamos.

102_0515-1469466654

Mesmo que exista a disciplina da Língua Portuguesa nas escolas e que todos nós usufruamos dela, não estamos livres de cometer erros. O que não pode acontecer de maneira nenhuma é tentar corrigir pessoas de forma humilhante. É nesse cenário de dúvidas sobre os fenômenos linguísticos que o livro ‘A Língua de Eulália’ pode auxiliar.

Contudo, não há motivos para achar que o livro é “cabeludo” e que as explicações são completamente inviáveis de serem apresentadas em uma sala de aula. Pelo contrário, o livro do escritor e linguista Marcos Bagno é simples e com linguagem divertida. Outro ponto que facilita demais o aprendizado sobre os assuntos abordados no livro é a narrativa construída com personagens, acontecimentos e outros itens que aparecem em qualquer história, tornando, aparentemente, as explicações mais reais. Ademais, o livro insiste em deixar clara uma mensagem muito importante: as pessoas escrevem, e até mesmo falam, de um modo que acham ser o correto, por mecanismos linguísticos citados no livro e não por preguiça ou ignorância.

Entretanto, o livro não estimula o falante do português a cometer erros de escrita ou de fala. Na realidade, ‘A Língua de Eulália’ tenta apresentar esclarecimentos e sugestões para fazer do português uma língua divertida e muito curiosa para se aprender. Se tem alunos que não gostam do português, ou mesmo encaram a língua como um verdadeiro “bicho de sete cabeças”, algo está errado na hora de ensinar nas escolas a nossa língua materna. Além de conscientização sobre erros que todos nós estamos sujeitos a cometer como falantes, a história propõe um ensino diferenciado.

1-1469466650

************************************************************

10273231_10201025254673327_5337772269456958905_o

Verônica Lazzeroni Del Cet é estudante de Letras na Unicamp


Comentários

Não nos responsabilizamos pelos comentários feitos por nossos visitantes, sendo certo que as opiniões aqui prestadas não representam a opinião do Grupo Bússulo Comunicação Ltda.